Beata Beatrix – New Gothic Generation (2013)

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R-5150252-1386462207-7529 1. Jackyll (3:42)2. The Mary & Song (3:22)

3. Depper & Deeper (3:10)

4. Jane Eyre (3:23)

5. Love Kills Love (3:03)

6. Beata Beatrix (4:01)

7. Drakula My Love (3:46)

8. Nero (1:54)

9. Fever (4:02)

10. Goodbye Hello (Fuck You) (3:27)

11. The Green Fairy (5:01)

12. Bkack D. (4:16)

13. Caronte (Instrumental) (6:40)

Vou contar uma coisa para vocês: não sou um grande fã do Beata Beatrix. O seu primeiro disco, “In The Garden Of Ecstasy”, não me chamou muito a atenção, pois parecia algo tão chato e tão maçante que dispensei logo após a primeira ouvida. Mas isto não se repete com este novo trabalho.

O estilo mudou um pouco e faz um delicioso tributo a bandas como Siouxsie & The Banshees, Inkkubus Sukkus e Collide. É uma mistura muito mais interessante entre o darkwave e o eletrônico, com uma musicalidade muito mais dançante e muito mais intensa. O grupo até mesmo incorpora elementos de dark electro e synthpop em algumas composições, tornando-a mais diversificada, tudo num apelo mais rock, mais orgânico.

A primeira faixa, “Jackyll” começa com um tema sombrio, mas puxado para um pop rock e para o cabaret, numa melodia muito bacana. “The Mary & Song”, certamente a melhor música do disco, soa como uma mistura dos Banshees com Curve. É pesada, é bonita e bem gótica, fugindo muito dos clichês para o gênero. A parte eletrônica de “Love Kills Love” lembra um pouco da Ayria, mas numa versão com um ar mais adulto.

Existe até mesmo espaço para um pouco de experimentalismo em “Beata Beatrix”, com uma melodia minimalista mesclada com canto falado e algumas partes líricas. A bombástica “Goodbye Hello (Fuck You)’ é maravilhosa, soando bem anos 80, a única música que faz um tributo ao som do começo do gótico. Fica fácil ver ali algum traço do X Mal Deutschland e de outro grupo italiano, o Lovecrave, mas tudo com muita originalidade.

O grupo conseguiu melhor muito com este lançamento, podendo ser curtido também por aqueles que gostam de um bom rock com vocal feminino.


Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.