Chaos Synopsis – Art of Killing (2013)

2 min


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  1. Son Of Light
  2. Vampire Of Hanover
  3. Rostov Ripper
  4. Bay Harbor Butcher
  5. Demon Midwife
  6. Red Spider
  7. Zodiac
  8. B.T.K. (Bind, Torture, Kill)
  9. Monster Of The Andes
  10. Art Of Killing

Voltando um pouco na história do metal, havia um tempo que os gêneros do metal extremo, no caso, o thrash e o death metal, não eram tão diferentes. Lembre-se, um estilo pode até mesmo ter alguma fascinação com mortes e desfigurações, mas tanto o thrash quando o death eram crus, agressivos, com pouco espaço para qualquer coisa mais “suave”. Atualmente, cada um dos estilos já citados seguiram caminhos próprios. ganhando identidades próprias, mas com muitas coisas em comum. E nesse meio termo o quarteto Chaos Synopsys combina estas duas vertentes mais extremas. Colocando um conceito bastante forte (neste caso, falar de assassinos em série) e uma produção bastante moderna e limpa, nasce o “Art of Killing”, um disco que certamente vai agradar os fãs de thrash.

Como sugere o título do álbum, a banda parece se ligar levemente ao death metal e dá mais ênfase ao thrash, com muito da veia oitentista. Numa mistura inconfundível de Sepultura e da escola americana de death metal, o grupo usa como inspiração as historias de vida de grandes assassinos seriais. Excepto pela faixa instrumental, cada música é dedicada a um famoso assassino. A aterrorizante “Vampire of Hanover” é uma delas, assim como “Zodiac” (baseado num dos maiores mistérios policiais de todos os tempos), além da assombrosa “Demon Midwife”. Assassinos do mundo todo estão aqui, incluindo o ficcional “Bay Harbour Butcher”, do seriado Dexter.

Temos aqui riffs velozes e uma boa linha de baixo nas músicas, que dá um corpo e uma forma bastante intensa às músicas. A impressão que se tem é de se ouvir um thrash bay área com uma produção moderna, com bons instrumentos e muito mais claros que as bandas da época. E talvez essa seja a minha crítica com relação a este trabalho. Ele soa muito limpo, muito bem executado, mas, acima de tudo, ainda sim muito preso ao formato já demonstrado brilhantemente por gente como o Torture Squad. A impressão que fica é a de “mais do mesmo”, mais uma banda nacional que faz um som pesado. E infelizmente neste ponto o grupo perde um pouco da sua identidade.

No geral, é um bom disco. Ainda que não seja nada muito inovador, é um grande trabalho, que certamente irá ser mais agradável a quem não espera nenhuma grande novidade e também quer algo com qualidade.


Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.