Cover Nosso de Cada Dia: Max Raabe

1 min


0

Cover nosso de cada dia é a coluna do Groundcast onde colocaremos uma banda e apresentaremos os covers feitos por ela, sobretudo se tiver músicas interessantes, diferentes e outras.

Não é difícil vermos músicas sendo “coverizadas” em outros estilos. Vejam o caso desta versão de Brothers of Metal em versão mambo. Mas existe um rapaz, cujo gênero foge das paródias e que não pertence ao que as pessoas ligadas a música pop costumam escutar. Vamos falar hoje de Max Raabe.

Max nasceu no dia 12 de dezembro de 1962, na Alemanha. Desenvolveu um gosto pela música Schlager, muito popular no país na década de 1950. É um estilo marcado por melodias suaves, doces, com letras românticas, marcado por músicas que facilmente entravam nas paradas de sucesso e tinham fácil aceitação. Depois funda a Palast Orchester (algo como “A Orquestra Palaciana” ou “A Orquestra do Palácio”), especializada em música cabaret e as músicas populares da república de Weimar em 1919. Este modelo substituía o antigo sistema monárquico conhecido como Império Alemão. Foi neste tempo que aconteceu um renascimento cultural na Alemanha, com uma superinflação que desvalorizava os ganhos. Nisto as casas de espetáculo enchiam com pessoas que gastavam o dinheiro gasto no dia antes que se desvalorizassem.

Esta orquestra, montada por Raabe, é conhecida por fazer versões de músicas populares nos mesmos moldes das antigas músicas desta época áurea pré-Nazismo. Temos então os covers de All around the world (ATC),
Bongo bong (Manu Chao), Irgendwie, Irgendwo, Irgendwann (Nena), Isch Liebe Disch (Tic Tac Toe), Lucky e Oops I did it again (ambos da Britney Spears), Kiss (Prince), We Will Rock You (Queen), Mambo Nr. 5 (Lou Bega), Supreme (Robbie Williams) e muitos outros. Você pode conferir a lista completa das músicas nos discos Super Hits e Super Hits 2.

Como cover de destaque, coloca a música Tainted Love, do Soft Cell. Certamente que é uma das músicas com mais versões possíveis, feitas  por gente como  Marilyn Manson (muito conhecida, aliás), Gloria Jones e até mesmo da Pussycat Dolls. E com Raabe ganhou toque de  jazz, ficando realmente impressionante.


Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.