ENTREVISTA: Thränenkind

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372948Vindos da Alemanha, Thränenkind é uma banda que mistura elementos do Black metal, post-rock, hardcore e Crust. Com uma proposta interessante a banda mostra amadurecimento com o lançamento de seu primeiro álbum “The Elk”, confira abaixo a entrevista feita com Nathanael.

GroundCast – Para começarmos, conte-nos como tudo começou.

Thränenkind foi criada por um amigo e eu em 2007, pois queríamos fazer música atmosférica e melancólica. Gravamos uma demo, um EP e um full já com o Heretoir. Desde 2013 a banda está tem, com cinco membros. A maioria de nós é vegetariana e/ou com a mente mais aberta, e compartilhamos muitos interesses em comum. Posso dizer que misturamos um pouco de black metal, crust punk, hardcore e post-rock. Nosso primeiro album foi lançado esse ano pela Lifeforce.

GroundCast – Quais são suas influências?

Temos muitas influências, nossos gostos musicais são realmente bem variados. ecu gosto de bandas punk e hardcore, como Propagandhi, Tragedy, mas também curtode bandas como Wolves in the Throne Room e Panopticon. Escutamos muito post-rock, mas realmente acredito que todos os estilos tem algo bom e que valha a pena ser escutado.

GroundCast – Vocês gravaram um álbum este ano, como foi a aceitação do material?

Tivemos um feedback muito bom, muitos reviews positivos e muitas pessoas nos procurando para entrevistas, e recebemos coisas dos mais variados lugares, tudo isso nos encoraja para queremos lançar um segundo álbum.

GroundCast – Existe algo por de trás do álbum “The Elk”, algo que vocês queiram contar?

“The elk” é um álbum conceitual, baseado em um estória que escrevi. É sobre dois irmãos que se encontram no caminho do funeral de3540269523_photo seu pai (que eles odeiam desde que eram crianças). O álbum mostra essa jornada deles, eles passam por vários locais, reencontram amigos, inimigos, esperança, morte e finalmente a criatura selvagem “The Elk” (N.T: Elk em inglês significa Alce)

O encontro com o ser é o ponto alto do álbum, onde muda a vida dos protagonistas. Após isto, eles começam a repensar em suas vidas e refletem sua participação e papel na sociedade humana e é então que eles percebem que vivem em um sociedade industrializada que é geralmente dominada por uma hierarquia de injustiça, ódio, medo, repressão, ganância, poder e dinheiro. Eles começam a buscar seu caminho para fora disso, indo em direção a uma vida no meio da natureza.

O alce é usado como um símbolo de liberdade. acredito que a humanidade deveria mesmo repensar, que nós temos apenas esse planeta para viver. Enquanto continuarmos destruindo, não apenas o planeta morre, mas como também destruímos moradias e milhares de formas de vida, nada esta a salva, animais, plantas e humanos. Está na hora de reconsiderarmos nossas vidas e como vivemos. Esta na hora de pararmos de achar que o mundo esta aqui para ser explorado.

GroundCast – A banda possuí uma demo, um split e um EP antes de ter lançado o primeiro álbum, o que mudou na banda de 2007 até agora?

Muitas coisas mudaram, mudei como pessoa, algumas coisas se tornaram mais importantes do que outras e o modo que componho, naturalmente, mudou também. Thränenkind ainda é música atmosférica, ainda fala sobre melancolia e vislumbre da esperança, mas agora temos letras mais profundas, onde o foco não é somente nossas experiências, posso incluir anarquismo como um dos temas. O black metal vem sumindo da nossa música aos poucos, se prestar bastante atenção, poderá notar um pouco de crustpunk e hardcore, isto é algo que não estava presente em nossos primeiros lançamentos. Além de tudo isso, agora realmente encontramos nosso estilo, mas no nosso próximo álbum teremos algumas mudanças, talvez alguns blast beats mais longos, que sabe…

GroundCast – Como vocês costumam compor?

Quando nos sentimos inspirados (seja por experiências pessoais, situações ou simples conversas), então simplesmente pego minha guitarra e tento algo, tento captar a atmosfera da situação ou do lugar no qual estou me inspirando. Após fazer alguns riffs  penso na bateria e depois nas letras.

Estamos sempre gravando algo, fazemos isso no Forester Recording em Munique, que é gerenciado pelo nosso guitarrista Max. Nos conhecemos desde que erámos jovens e por isso sabemos o que queremos usados outros na hora de fazer música. Max é um talentoso engenheiro de som e um bom amigo, o que faz com que as horas no estúdio sejam bem divertidas.

GroundCast – Quais são os planos futuros da banda?

Estamos ensaiando muito, pois em Novembro vamos sair em turnê com os caras do Goldust. Queremos das o nosso melhor nos shows que faremos com eles.

Ano que vem pretendemos continuar trabalhando em nosso segundo álbum e tentaremos tocar o máximo possível.

GroundCast – Estamos na era digital, onde tudo pode ser baixado gratuitamente (ou quase tudo), o que vocês pensam sobre isso?

Não vejo problema com isso, para bandas pequenas como nós, esta é uma ótima oportunidade para sermos conhecidos. Na cena hardcore isso é muito comum de acontecer, as bandas simplesmente compartilham suas músicas gratuitamente.

Claro que eu acho que a melhor opção é comprar música, pois muitas bandas dão o sangue para gravar suas músicas, gastam dinheiro e tempo, então por que não os honramos quando possível? Se você não tiver condições de comprar um CD ou músicas online, realmente entendo o motivo de você baixar MP3.

GroundCast – Temos muitas bandas nascendo e morrendo todos os dias, no Brasil parece que as bandas pararam no tempo e todos querem simplesmente ser o novo Krisiun ou Sepultura. O que vocês fazem par ir contra isso?

Não me importo com a moda ou algo do tipo, sempre irei compor músicas que quero compor. Se alguém gostar, ótimo, mas se não gostar, tudo bem também. eu não escrevo música para os outros ou para ganhar dinheiro, eu apenas escrevo o que quero e o que gosto. Então não temos problemas a respeito disso na banda, simplesmente fazemos o que queremos e o que nos faz bem.

GroundCast – Obrigado pela entrevista, este espaço agora é de vocês para dizer algo para nossos leitores.

Obrigado pela entrevista, obrigado aos nossos fãs na América do Sul e espero que nos vejamos em breve.

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Ilustrador, designer, vocalista, artista plástico e pentelho ans horas vagas. Fã de heavy metal e outras coisinhas mais.