Hortus Animae – Entrevista

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Hortus Animae

Quando lançou sua primeira demo tape o Hortus Animae mostrou um potencial enorme a ser lapidado. Referências Gothic, Avant-garde e Black Metal convergiam em meio ao ímpeto de criar algo autêntico. Com a entrada de músicos mais qualificados antes do debut, as ideias grandiosas puderam ser executadas primorosamente. The Melting Idols (2000) enfatizou o Black Metal em detrimento da versatilidade da demo, mas ainda acompanhado de uma evolução colossal em termos de composição e execução, com influências de Heavy Metal e virtuosismo contido. Em seguida, o mergulho heterodoxo resultou em duas genuínas obras-primas dotadas de personalidade, melodias memoráveis, execução inebriante (Grom é um dos melhores bateristas de Metal Extremo e os primos Hypnos e Bless são de uma inspiração descomunal!) e um vocalista experiente. Após uma pausa de alguns anos, o Hortus Animae retornou com Secular Music, lançado por um selo conhecido por liberar vários álbuns do Hawkwind na década de 80 e que nunca tinha chegado perto de assinar com uma banda extrema (o que diz muito sobre o quão diferenciada essa banda é). Em face desse momento, o Groundcast foi atrás do vocalista Martyr Lucifer e o tecladista Bless para saber mais não só do grupo, como de outros projetos deles, como o lado Glam de Bless, a carreira-solo de Martyr Lucifer e o saudoso Morgan the bard.

Flicknife Records nunca tinha assinado com uma banda de Metal Extremo! O que atraiu a atenção de Gloder? E isso ainda é estranho para mim… Você realmente enviou uma promo para um selo que, aparentemente, não tinha nada a ver com o estilo do Hortus Animae?

Martyr Lucifer – Bem, na verdade eu não sei o que atraiu Frenchy Gloder em primeiro lugar, provavelmente ele é apenas extremamente mente aberta. Talvez o selo queria expandir seus horizontes. Tudo começou quando eu estava à procura de uma gravadora para lançar Godless Years, a nossa compilação de material raro e inédito, ele disse que gostou e começamos a ficar em contato, mas ele queria lançar algo como um best-of com as melhores faixas num só CD, e isso não era o que queríamos, por isso, quando nós terminamos Secular Music enviei-lhe o promo e ele disse que ficaria feliz em lançá-lo. De fato, ele ficou muito entusiasmado e animado para o lançamento do álbum. E todos nós gostamos da idéia, já que representa um desafio tanto para banda, quanto para a gravadora, e nós definitivamente gostamos de desafios.

Hortus Animae teve vários membros antes do lançamento do debut. Parece que quase todos não tocam em nenhuma banda de Metal atualmente… Como foi o início da banda e o que pode explicar muitas mudanças em um curto espaço de tempo?

M.L. – Nossos ex-membros estiveram envolvidos em bandas de Metal como Opera, Carnality, Entity, Baratro, Opposite Sides, etc. Alguns deles ainda tocam, outros não, e eu não sei o que eles estão fazendo. O principal problema com os nossos ex-membros sempre foi a de que eles não poderiam dar à banda o máximo esforço que era necessário, então no final tudo sempre caiu sobre os meus ombros, de Hypnos e de Bless. Felizmente Grom nos deu uma estabilidade decente para o lado da bateria. Ah, você também perguntou sobre nossas origens… Bem, depois do nosso ex-baterista Thomas Ghirardelli ter deixado o Entity ele entrou em contato comigo para participar de um projeto musical ainda sem nome que estava começando com o guitarrista / tecladista Lorenzo Bartolini, então precisávamos de um segundo guitarrista que poderia também solar, depois de tentar 3 ou 4 caras Hypnos se juntou a nós, e trouxe com ele Bless, que é seu primo. Só mais tarde percebemos que nesse momento se formou o núcleo sólido e real dos membros do Hortus Animae, visto que Hypnos, Bless e eu sempre foram os únicos membros estáveis ​​que a banda teve desde então, sempre acreditando na música do Hortus Animae, não importa o que aconteça.

An Abode for Spirit and Flesh foi uma demo interessante que uniu elementos de vários gêneros, mas o debut foi mais voltado para o Black Metal, enquanto que o segundo álbum trouxe elementos sinfônicos em meio a grandes habilidades técnicas (bateria e guitarras insanas!) e The Blow… resgatou os elementos Gothic da demo, mas sem vocal feminino. Quais são as suas impressões quando você olha para trás, nos velhos tempos do Hortus Animae? Existem coisas que você faria melhor hoje, ou você está orgulhoso de tudo que você fez até agora?

M.L. – Bem, nunca foi um segredo que eu não gostei da fita demo, mas gravamos isso apenas um ano depois que a banda foi formada e a maioria de nós estava em sua primeira experiência num estúdio de gravação, por isso era normal que ela não tenha se transformado numa pérola. Mas não me interprete mal, as músicas são ótimas, e na verdade nós as regravamos (exceto intro e outro) em nossos álbuns posteriores e elas soam foda com uma produção moderna e as nossas competências técnicas melhoradas. Em relação aos full-lengths, há certamente coisas que eu faria de maneira diferente hoje, mas álbuns também devem ser considerados como filhos de seu tempo, então quando eu os ouço não tenho qualquer arrependimento, tudo foi feito da melhor maneira possível e tudo ainda soa ótimo.

Secular Music é bem Progressivo e não tem tantas melodias como nos álbuns anteriores. Cada álbum do Hortus Animae é diferente, mas as melodias cativantes eram como uma identidade que os unia, em minha opinião. Onde Secular Music se conecta com a discografia?

M.L. – Bem, eu discordo da sua observação, porque Secular Music contém uma porrada de melodia, os refrãos agora têm muito mais disso do que no passado, uma canção como At the End of Doomsday é uma das nossas faixas mais melódicas até agora. Talvez eu pudesse dizer que Secular Music é um pouco mais voltado para os riffs, mas no final das contas os álbuns anteriores foram assim. Então, bem, eu considero Secular Music como o melhor álbum que poderíamos fazer depois de The Blow of Furious Winds, a sua continuação natural, continuamos de onde paramos, mas desenvolvendo nosso som de uma maneira diferente. É uma versão atualizada do Hortus Animae, tem algum tipo de som novo, mas você pode ouvir claramente que é Hortus Animae e você pode reconhecer muitos dos elementos que sempre foram associados à nossa proposta musical.

Concordo sobre os refrãos e citei isso na resenha. Mas eu acho que o elemento progressivo é o que o mantém conectado aos outros álbuns. Mas enfim… vocês têm explorado vastas áreas do Metal Extremo, muitas vezes sobrepujando os limites. Você acredita que ainda há espaço para a evolução? Nos próximos 10 anos vocês ainda serão capazes de criar música original? Ou você acha que, para progredir, serão forçados a abandonar o Metal, como algumas bandas fizeram?

M.L. – Esta é uma pergunta muito difícil. Eu realmente não sei. O que eu sei com certeza é que até agora nós sempre criamos a música tentando ir além dos limites, e é o que vamos continuar fazendo também no futuro. Nós não tínhamos um objetivo, ou pelo menos podemos dizer que o objetivo era tocar a nossa música livre de categorização. E, a julgar pelas suas palavras, parece que conseguimos de alguma forma. Então, nós vamos continuar fazendo o que sempre fizemos, esperando que nossas inspirações permaneçam ao nosso lado e com a esperança de oferecer às pessoas álbuns que elas gostem de ouvir, enquanto ficam surpresas com o que estão ouvindo, haha.

Hortus Animae 2

Os covers(ões) incomuns de Queen e Jethro Tull são incríveis! Vocês deveriam gravar um álbum de covers de Classic Rock! Planejam gravar mais covers como esses?

M.L. – Eu, pessoalmente, adoro fazer covers, e eu acho que os outros caras compartilham esta paixão comigo. E é muito mais estimulante quando você aborda uma música que não faz parte do seu meio musical, por assim dizer. Essas músicas do Queen e Jethro Tull eu sempre quis dar uma reinterpretação para elas, homenagens sinceras e respeitosas para duas bandas que amamos, é claro, à nossa maneira. E sim, eu definitivamente gostaria de repetir a experiência – o desafio vem em repetir a experiência de formas diferentes.
Bless – Estamos sempre pensando em novas músicas para coverizar… por isso mesmo a sua idéia de covers de Classic Rock certamente será algo que vamos ter em mente!

Vocês também gravaram covers de bandas obscuras da Itália. Eu não conhecia essas bandas, mas eu gosto muito de bandas italianas bem undergrounds como Fearbringer (acho que ele vive perto de vocês), Deviate Damaen (estranho, mas o vocal soa como uma mistura de Pete Burns e cantores clássicos italianos, é interessante), Hesperia (musicaliza a história italiana, assim como o Fearbringer), Movimento d’Avanguardia Ermetico (ótimo nome, música idem)…
Como você vê a cena underground em seu país?

Bless – Devo admitir que eu conheço essas bandas que você mencionou apenas por nomes, eu não sou muito familiarizado com a música delas e isso diz muito sobre o tanto de música que estamos perdendo, apesar da conexão em todo o mundo… Dito isto, eu também tenho que dizer que a nossa cena underground está muito viva e tem alguma qualidade real, particularmente no Metal, eu não estou falando sobre essa merda indie, que é totalmente diferente, temos muitos “personagens”, mas poucos músicos reais com talento real. No meio do Metal, eu poderia lhe citar algumas bandas muito boas, mesmo sem sair de nossa cidade: Crawling Chaos, Hate Profile, Opposite Sides, Entity, Baratro, Krydome, empYrios, Suffer In Silence… e esses são apenas os primeiros que eu me lembro agora; todos valem a pena ouvir e alguns de seus músicos são de alto nível.

Em uma entrevista que fiz com Nicola Bianchi do Handful of Hate ele disse: “com certeza posso afirmar que aqui há e sempre houve muitas bandas boas desde o final da década de 80 e durante a década de 90 inteira, mas ninguém notou isso porque a mídia concentrou-se no norte da Europa.”
O que você pensa sobre a subestimação e a superestimação tão recorrente na cena do Metal?

Bless – Você sabe, às vezes não ter muita atenção não é uma coisa ruim… Quero dizer, você ainda vai precisar de pessoas indo para seus shows e comprando seus álbuns, mas as coisas tendem a se manter mais verdadeiras e intactas quando a grande mídia não se preocupa com você. É uma linha tênue, mas vale a pena. Mantenha-se fazendo bons materiais e as pessoas virão até você. Quanto mais, melhor, ok, mas eu prefiro ter menos pessoas realmente interessadas em música do que um bando de hipsters apenas procurando por “a próxima grande coisa”.

Bless, você tocou junto com Morgan the bard, um músico que, infelizmente, cometeu suicídio muito cedo e deixou um legado pequeno, mas de grande valor. A atmosfera medieval de sua música era/é realmente profunda e eminente. O que você pode falar sobre esse cara e o tempo que tocaram juntos?

Bless – Morgan realmente deixou muita saudade em todos que o conheciam – um monte de gente em nossa cidade e além… Nós nos encontramos algumas vezes com o objetivo de montar as suas performances ao vivo (o que nunca aconteceu, infelizmente). É claro que eu adoraria compor uma música e contribuir com minhas idéias, mas eu sempre senti uma espécie de respeito “sagrado” pela sua obra, que foi 100% criada por ele, que não precisava de ninguém para lhe dizer o que fazer. Eu sempre achei incrível o fato de que ele não tinha qualquer graduação particular ou estudo na música que seja, ainda assim era capaz de entregar algumas melodias e atmosfera assombrosamente lindas…
M.L. – Eu me lembro de uma vez, ele e eu estávamos conversando no Messenger e ele me disse: “imagine você e eu quando envelhecermos e ainda aqui falando bobagens no Messenger”. Se apenas isso pudesse acontecer… É tão triste. Nós até tivemos a idéia de um projeto de música juntos, chamado de “rape-rock”, mas, infelizmente, nunca conseguimos colocar em prática.

Bless, falando sobre suas atividades fora do Hortus Animae… Seus vocais à la Vince Neil são impressionantes! A entonação, o timbre… Como você desenvolveu esta imitação?

Bless – Caramba, como você ficou sabendo sobre isso?!? Ahahahah! Você realmente fez alguma pesquisa aí, gostei muito disso, não é tão comum nas entrevistas, curti! Bem, na verdade eu sempre achei que não tinha aquela voz estridente natural como ele tem, mas eu amava Mötley Crüe, sua música e sua postura fodona, então eu pensei que eu poderia fazer isso com algum velho estilo de atitude Rock ‘n Roll e acho que deu certo! A banda Hot não é um projeto ativo, mas está sempre pronta para ser desencadeada quando necessário; no final, é “apenas” um tributo (embora nós também pensamos em fazer algum material autoral), também ainda vejo regularmente os outros caras e eu acho que nós vamos fazer alguns shows novamente, apenas por diversão (e bebidas.. e Girls Girls Girls, eheheh)

Martyr Lucifer 2013

A carreira de Martyr Lucifer começou no início da década de 90 com a banda Dogma, que executava Death/Thrash Metal. Pouco tempo depois, ajudou a criar o Hortus Animae, expandindo as fronteiras do Black Metal com elementos variados. Com o fim temporário do Hortus Animae, ele se engajou em construir uma carreira-solo, contando com o auxílio de músicos com passagens por bandas conhecidas, como o At The Gates, Nokturnal Mortum e Ancient. E dessa vez são os limites do Gothic Rock/Metal que são ignorados em prol da personalidade musical.

Martyr, suas influências são bastante variadas. Vai de Madonna à Burzum. Como absorver inspirações tão díspares quando você vai compor e focar em uma determinada direção?

Pode parecer um paradoxo, mas uma pessoa mais mente aberta, às vezes, pode de fato ser mais focada no que ela realmente acredita ou quer fazer. Não apenas sobre música, mas também conhecer diferentes línguas, culturas, pessoas, crenças de povos e nações realmente ajuda a concentrar-se em algo que lhe interesse. Sem ser um fanático de tais fatores. Uma pessoa preconceituosa que é intolerante a tudo o que o rodeia não vai ser boa no que ela está fazendo. Ou o que quer que seja. Estritamente falando sobre música, mas ainda seguindo o que eu disse anteriormente, eu não gostaria de concentrar em apenas um gênero musical, e eu escuto realmente um monte de coisas, então você pode encontrar muitas referências em meu próprio som, com base no Gothic Rock, mas abraçando muitos outros estilos diferentes.

Como surgiu a ideia de unir três EPs num único CD? Por que você não gravou canções homogêneas para um novo ‘full lenght’?

Minha ideia é continuar produzindo Shards porque eles vão mostrar uma visão mais aberta para o meu som, que ainda permanece na direção do Gothic Rock e Metal, mas soa mais ousado. Certamente vou continuar a fazer álbuns, e eu já tenho o meu próximo ‘full lenght’ totalmente escrito à espera de ser trazido à vida concreta no estúdio, mas entre os lançamentos sempre haverá Shards, assim eu posso dar uma melhor ventilação para minhas inspirações. No começo, eu queria liberar os Shards separadamente. Mas, você sabe, os artistas são loucos, lunáticos, e eu mudei de ideia. Além disso, junto com a Outline Rekordz, pensamos que seria melhor propor um álbum ao público, ao invés de três EPs diferentes, mesmo que as versões separadas teriam sido a melhor escolha artística. E é realmente uma ideia bastante original lançar uma compilação de EPs inéditos que, no final, formam um novo álbum completo, que ao mesmo tempo não é um novo álbum, um conceito muito complicado, mas funciona!

Quanto tempo você demorou para compor e produzir os Shards? Você teve alguma dificuldade durante todo o processo?

O processo de composição foi realizado de julho de 2012 a maio de 2013, quero dizer, para toda a trilogia. Gravei Shard One em agosto/setembro de 2012, então eu comecei a escrever o material para Shard Two logo depois disso, e gravei-o em abril de 2013. No mesmo mês de abril eu escrevi as músicas para Shard Three que eu gravei imediatamente depois. Foi uma maneira muito refrescante de trabalhar, o material nunca foi ficando velho, eu ficava compondo e gravando, compondo e gravando. É também por esta razão que não seria adequado fazer disso um novo álbum, porque não só as atmosferas foram diferentes, mas também o som, devido a diferentes tempos de gravações e diferentes estações que trouxeram inspiração diversificada. Assim, não houve qualquer problema real durante o processo, foi muito estimulante e tudo correu muito suave.

O primeiro line up foi composto por sete membros de quatro países diferentes. Como você decidiu formar um projeto tão incomum? E por que seus companheiros do Hortus Animae, Bless e Grom, e o baixista Vrolok não fazem mais parte da banda?

Não sou eu que decido de qual país os músicos devem ser, apenas é algo que acontece assim (risos). É sobre amizade e o som que eu gostaria de ter na minha música. Graças à internet hoje em dia, mesmo que seja um eremita na caverna, ele pode ser conectado a todo o mundo (se você tiver um bom sinal, é claro), então distâncias não são mais limitações. Bless, Grom e Vrolok tecnicamente nunca foram da banda, mas apenas porque não há nenhuma banda! Isso é meu projeto solo e eu apenas colaboro com diferentes artistas, sendo assim há espaço para todos. Portanto não quer dizer que no próximo álbum todos eles (ou alguns deles) não vão voltar. Em suma, o projeto Martyr Lucifer não tem um line up, ele é centrado na minha figura e da Leìt, eu escolho de tempos em tempos as pessoas que eu acho que são mais adequadas para o que eu vou gravar. Eu gostei de trabalhar com Arke, Bless, Grom, Adrian Erlandsson, Vrolok, Simone Mularoni, Dario Ciccioni e Antarktica e certamente vou trabalhar novamente com todos eles ou alguns deles, mas vou trabalhar com outros artistas também.

Quais são as vantagens e desvantagens de ser uma banda de Dark Metal da Itália? Vocês são fortemente apoiados em seu próprio país?

Eu não sei como responder a essa primeira pergunta, porque eu não sou uma pessoa que participa ativamente da cena. Isso não significa que eu estou ignorando isso, é apenas como o meu mundo é feito, eu não sou, como dizem, “um animal de festa”, ou alguém que tenta ter sucesso a qualquer custo. Estou apenas fazendo o que eu amo. Eu não quero parecer hipócrita, certamente se algum grande prêmio chegar para mim me considerando o novo Bowie, eu ficaria muito feliz! Como eu acho que todo artista fica quando sua arte é apreciada… Mas isso não iria mudar a minha visão das coisas, nem de vantagens nem de desvantagens. Sobre a segunda parte da pergunta, acho que o apoio é mais ou menos o mesmo na Itália como no resto da Europa, EUA e países da antiga União Soviética.

Eu sei que um de seus livros favoritos é “O Demônio e a Srtª Prym” de Paulo Coelho. O que mais você conhece do Brasil?

Ah, não sei, é que eu conheço bastante e nada sobre o Brasil. O que significa que certamente eu li e vi um monte de coisas sobre o seu país, mas eu nunca estive aí, então o que eu posso realmente conhecer? É quando você estar no lugar, que você pode ver e tocar a verdadeira cultura e a natureza e todo o resto de algum país, e certamente o Brasil é um dos países que eu amaria visitar.

Existem planos para turnês e shows?

Sim, existem planos. Na verdade não houve shows ou tours para promover meu primeiro álbum solo porque eu realmente queria ter uma seleção apropriada de músicas para oferecer e preparar para um show que deveria ser completo e interessante. Não há datas concretas por enquanto, mas certamente terá. Quem sabe eu te vejo por aí em algum momento (voltando à pergunta anterior).


Após algumas experiências escrevendo em blogs de música, editei sozinho uma revista sobre Black Metal em 2012. Foi lançada apenas uma edição, que me proporcionou a oportunidade de escrever para a Roadie Crew a partir de março/2013. Lá me limito apenas ao Black Metal e bandas de outras vertentes com temáticas ligadas ao ocultismo/satanismo. Apesar de ter um gosto musical variado, nutro um fascínio por esse estilo e temáticas relacionadas. No Groundcast, meu foco é a Música Eletrônica, principalmente de caráter oculto/satânico.