O que define o Gothic Metal

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O que define o estilo, afinal de contas?

Nightwish, que não pertence ao gothic metal

O grande problema é definir o gothic metal. Pegando pela trajetória do gênero, seria, em princípio, artistas ou projetos de doom metal que foram acrescentando elementos de música gótica e/ou eletrônica e, mais para frente, grupos de metal que foram pegando estes mesmos elementos, a ponto de não serem mais parte de nenhum dos dois estilos anteriores e ter um nicho de fãs novo, diferente.

Um antigo texto presente no doom-metal.com (não mais disponível, infelizmente) apontava que o estilo era um heavy metal atmosférico com temas mais romantizados. Estes seriam ligados a amor, depressão, tristeza, melancolia e outros, numa abordagem diferente do doom. Por esta definição After Forever, Within Temptation, Epica, Rain Feel Within foram enquadrados no chamado “symphonic gothic metal”. O problema é que classificá-las como tal implicaria em colocar outros trabalhos com estes elementos, como o Nightwish, dentro do mesmo rótulo.

O rótulo “gothic metal” no começo de 2000, ganhou notoriedade. Existia um público com anseios por temáticas mais tristes, vocais femininos mais próximos do lírico e um visual carregado e soturno. Foi um momento em que bandas como Evanescence estavam começando a atingir um público muito grande e, consequentemente, causando uma confusão enorme para a definição do estilo, pois para a imprensa especializada, qualquer coisa com elementos sombrios, sinfônicos e com belas vocalistas deveria ser incluído dentro do “gothic metal”, mesmo sem trazer nenhuma característica do rock gótico ou mesmo do darkwave.


Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.