O rock está ficando “velho”?

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Terceira tentativa: Screamo, Metalcore e derivados

Eu também gosto de metal.
eu também gosto de metal.

Na transição entre os anos 2000 e 2010. um gênero começa a tomar cada vez mais espaço na mídia especializada: o metalcore.  Mesmo com muita gente torcendo o nariz, é notório o quanto tem trazido mais jovens para o mundo do metal e, porque não, do rock. Tudo começa com grupos como HatebreedBiohazard e outros, misturando o hardcore e o metal (na época chamado simplesmente de crossover). Seu foco era o underground, pois estavam alinhados com a cena hardcore e, por isto, não eram viáveis para a grande mídia.

Quase duas décadas depois, com o surgimento de bandas como All thar Remains, As I Lay Dying, Lamb Of God, The Agonist, entre outras, o gênero ganhou nome e passou a ser o grande chamariz do jovem para dentro do metal. São bandas trazendo o death e o thrash metal e falando a linguagem desta juventude que procura amparo em Deus, que está cada vez mais solitária e sofre os conflitos de um jovem do século XXI. Estes mesmos grupos também contribuem para a participação feminina num meio antes dominado pela figura masculina. Screamo aparece neste contexto também, trazendo uma veia mais próxima do hardcore punk e um pouco mais distante do metal.

Isto se reflete em bandas do gênero figurando em grandes gravadoras (como boa parte das bandas americanas e europeias), quanto por bandas nacionais vivendo dentro do underground e este corresponder a uma parcela de jovens não alinhados com o pop. São jovens que vão a raves e depois escutam uma banda mais pesada. Bandas como John Wayne e venture forty six trazem muitos jovens e até alguns veteranos a este meio. Derivam daí grupos de Screamo e outros gêneros derivados, mostrando a força e a revitalização do rock e do metal.


Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.

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