Review: 4Drive – Recycle (2016)

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capa
1. Something There (4:00)
2. Madman (3:42)
3. Fading Memories (4:09)
4. In The Game (3:58)
5. Spacetime Theory (4:03)
6. Voiceless (4:30)
7. Owe You (4:11)
8. Catch Fire (Interlude) (2:05)
9. Rain (3:58)
10. Highlander (5:34)

4Drive é uma banda que aposta muito numa sonoridade hardrock com forte tributo aos clássicos dos anos 1980. Contudo, diferente das bandas revival que vez por outra se preocupam em emular um estilo, esses músicos do interior de São Paulo trazem um ar mais novo e moderno, mesclando com o rock alternativo americano dos anos 1990.

A primeira música, Something There, já impressiona pelo vigor e energia. Contudo, é com Madman que temos um exemplo de como esse grupo é versátil, com uma linha de baixo muito bem colocada, trazendo um lado mais funky e um vocal estilo spoken words, quase sem melodia, em diversos momentos. A baladinha Fading Memories é a música mais fraca desse trabalho do grupo, pois infelizmente traz aquela maldição das “rock ballads”, que são um horror por si só. Mas somos brindados com um blues rock de alta qualidade com In the Game, que resgata um pouco daquela sonoridade gostosa do Mississipi junto de muito peso e energia. Spacetime Theory arrisca em temas mais próximos do prog rock e depois mergulha de cabeça no rock alternativo. Uma bela faixa, mantendo o disco em alta.

É com Voiceless que o grupo traz um pop rock interessante, um pouco destoante do resto do trabalho, mas ainda sim com muita qualidade. Talvez alguma coisa meio Peter Frampton, quem sabe. Owe You é uma música pesada, densa, com vitalidade, retomando o pique do ouvinte para continuar a audição do resto do trabalho. Catch Fire é uma faixa de interlúdio, com fortes traços de rock industrial e dub. Uma das melhores músicas do disco, sobretudo por trazer a música eletrônica e um pouco do breakbeat e causar surpresa ao ouvinte. Rain anuncia que o disco está no fim, é mais lenta, mais melancólica e um pouco mais pomposa. Highlander, a última música, apresenta uma balada pesada, que foge daquele lugar comum das baladinhas de rock e fecha com chave de ouro este disco.

Não percam, este certamente é um dos grandes discos deste ano de 2016.

 

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Dunna Records (Assessoria de Imprensa)


Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.