[REVIEW] Scream Silence – Scream Silence (2012)

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O grupo alemão Scream Silence acaba de lançar seu novo disco simplesmente intitulado “Scream Silence”, quatro anos após o disco “Apathology”. E bem, como o disco ficou, afinal de contas?

A primeira impressão que se tem ao ouvir é que ele continua algumas ideias do disco anterior, alterando um pouco as influências de metal e voltando as raízes gothic rock. É algo na mesma linha do novo disco do Nox Interna, mas bem mais leve. É um resgate importante para a banda, sem, contudo, se entregar a uma “volta às raízes ” que assola diversos grupos musicais atualmente. A primeira faixa, de mais de oito minutos, já começa com uma bela introdução de piano. Guarda o peso dos discos anteriores, mas muito bem trabalhados, com um vocal mais forte e diferente do disco anterior.

A voz neste disco merece destaque, uma vez que ela soa mais dramática e mais emotiva, soando de uma forma diferente, remetendo (bem de leve) ao estilo do The Awakening. Talvez por isto que mesmo o disco todo sendo bem “lento” ele ainda transmite uma sensação de peso, que se repete nas músicas “One”, “New Flood”, “Dreamer’s Court” e “Blushed”. “In these words” é a música mais metal presente no álbum. Com riffs de guitarra bem marcados e nenhum solo, o conjunto vai agradar quem gosta do HIM na fase do Love Metal, uma vez que traz muitas marcas presentes neste disco. “Surd” tem uma pegada que mistura rock alternativo com gothic rock, num estilo bem atmosférico e sombrio.

É na música “Downside” que nos contempla com uma influência de darkwave logo no começo e um som mais “goth’n’roll”, agitado, diferente das músicas anteriores. O teclado também constrói uma atmosfera diferente das outras músicas do disco. “Days of Yore” começa influenciada por um gothic rock na mesma linha do Garden of Delight e do Fields of Nephelim, seguida da melancólica “Solitude”. O disco encerra de forma bonita com a música “Cocoon” e seus sons de flauta e violão.

Apesar de o disco ser interessante, bonito e agradável de ouvir, este é um lançamento dentro da média. O grupo não trouxe nada de novo ou diferente. Talvez os quatro anos que se seguiram até este disco não tenham sido suficientes para conhecer novos discos e pegar novas influências. Falta ao trabalho algo que marque o disco, algumas melodias remetem demais a outras bandas ou aos trabalhoes anteriores. Por isto este é um disco bom apenas.


Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.