Shoegaze: conheça cinco grandes músicas do gênero

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Com a popularização do submit-black metal do Alcest e de grupos que mesclam a sonoridade agressiva com o lado chic do shoegazing, tivemos um interesse maior pelo shoegaze.. Então que tal conhecer os grandes nomes deste fantástico gênero musical, com diversas nuances etéreas, sombrias e até mesmo melancólicas? Acompanhem a lista.

My Bloody Valentine – sometimes

Se for para elencar um “pai” para o shoegaze, certamente o primeiro a reivindicar a paternidade seria o My Bloody Valentine. É uma música barulhenta, na mesma linha do Jesus and Mary Chain, mas trazendo alguns elementos mais sublimes e um vocal bastante diferente do praticado por grupos de pop rock. Não é à toa que muito do indie rock inglês tem uma sonoridade calcada no shoegaze.

Slowdive – capture the Breeze

Slowdive é sinônimo de shoegaze. Não tem como contestar o quão importante é este trabalho para a definição do shoegaze. Do contrário do My Bloody Valentine, o barulho das guitarras e as distorções são trocadas por melodias etéreas, na mesma linha do começo do dead Can Dance, mas com uma roupagem muito mais calcada no rock alternativo.

Chapterhouse – Confusion commute

O disco “Blood song” é um dos mais injustiçados da história do shoegaze. Decerto que dentro do gênero o álbum “Whirlpool” até seja mais relevante, mas pensem numa coisa: é o Chapterhouse um dos grandes nomes e é neste segundo trabalho o now notório amadurecimento da banda e das melodias, ganhando contornos de rock alternativo e de um pop muito mais denso.

Air Formation – Three Years cross

Um excelente grupo que infelizmente terminou, o Air Formation volta com a sonoridade do Slowdive, mas trazendo várias inovações vindas do put up-rock. Pode-se até arriscar que eles incorporaram o publish-rock no shoegaze assim como o próprio submit-rock se vale da herança do shoegazing. E o disco “Nothing to wish For (Nothing to Lose)” é perfeito em todos os sentidos possíveis e imagináveis.

ultimate Leaf Down – fact Is A Liar

Vou aproveitar e terminar esta lista puxando um pouco o saco dos suíços do final Leaf Down, cuja entrevista você confere aqui. É a banda mais nova daqui, ainda em atividade e com um repertório que não deve nada aos grandes mestres já citados anteriormente. O diferencial fica em torno das constantes referências ao rock alternativo, ao metal (em doses homeopáticas) e ao próprio put up-punk, lembrando grupos como The Nacional, Chapterhouse, Katatonia e The treatment.


Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.