10 artistas LGBT para você apoiar a partir de agora

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Eu sei que estou devendo mais matérias aqui no site, mas com teletrabalho anda cada vez mais difícil conciliar site e afazeres. Em todo o caso, para não deixarmos esse mês do orgulho LGBT passar em branco, vamos a uma lista de artistas alternativos e undergrounds para você apoiar nessa quarentena que não tem sido quarentena. Ela contempla vários estilos, que vão do heavy metal ao darkwave, então tem para todo mundo.

Föxx Salema

Cantora transgênero que tem aparecido bastante tanto por conta de seu primeiro disco solo, Rebel Hearts, quanto pelo preconceito de diversos veículos de imprensa especializada, além de muitos terem problemas por ela se posicionar politicamente contra o fascismo, o conservadorismo e também contra o nosso atual governo. Inspirada por artistas como André Matos, toca um heavy metal bem clássico, direto, com muita competência e merece ser escutada com toda a certeza.

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Umbilichaos

Diretamente de Mairiporã, no Estado de São Paulo, o Umbilichaos iniciou suas atividades, tendo como único membro Anna C. Chaos, mulher trans lésbica e feminista. O interessante do trabalho dela é que mistura tudo que eu pessoalmente gosto: metal não-convencional, sludge, noise e drone. Tudo isso carregado com muita força e criatividade.

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Angel Vivaldi

Uma coisa que eu sinto muita falta é ver alguém do meio LGBT com destaque em meios como o rock e o metal, ainda mais por serem bons músicos. Angel Vivaldi é um exemplo muito bom de músico e também de ativista pela causa. Sendo ele mesmo um homossexual, ele apoia constantemente campanhas pró-LGBT, inclusive financeiramente, com doações e lives para arrecadação de fundos, além de outras causas humanitárias. Musicalmente, toca no melhor estilo neoclássico, com inspirações que vão de Nirvana a Carmen Miranda.

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Messias Empalado

Banda com temática anti-cristã e anti-reacionária, mistura darkwave com noise e uma pegada muito punk. Formada por pessoas LGBTQ, é capitaneada pela Karine Campanille, guitarrista trans que também participa do Carnal Atrocity, Kultist e do MauSangue, todas bandas / projetos que buscam, de algum modo, apresentar um conteúdo de impacto, com ideais contra o conservadorismo. Além disso ela também gravou a guitarra, o baixo e o teclado do disco de estreia da Foxx Salema. Deem uma moral para esses trabalhos todos, até porque quem faz uma música chamada Bolsonazi não pode estar errada.

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Ruins of Elysium

Faz um tempinho que eu entrevistei o Drake Chrisdensen e ele comentou algo importante sobre representatividade. E é isso que o Ruins of Elysium é: uma banda comandada por um homem gay, nerd, que busca na música não apenas a exposição de seus gostos por mitologia e desenhos animados, mas também uma forma de colocar no mundo a ideia de que se você não é hétero, você pode também estar em qualquer lugar. A música é um symphonic power metal com vocais dramáticos, recomendado para quem gosta de Nightwish e Epica.

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Rastilho

Elaine Campos, que já esteve à frente de outro grupo importante da cena hardcore, o Abuso Sonoro. Agora com o Rastilho, a ativista pelos direitos LGBT e lésbica, traz fúria, agressividade e críticas ao capitalismo, numa musicalidade suja, pesada, como o bom crustpunk precisa ser. Além disso vocês também podem conferir um pouco do trabalho dela no disco Divino Afflante Spiritu da banda de post-metal Labirinto, na faixa Agnus Dei.

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Blood Candy

Banda fundada por Tara Jane, mulher lésbica, a banda toca um darkwave maravilhoso, com influências de shoegaze e noise rock, bebendo de fontes como Jesus and Mary Chain e My Bloody Valentine. Lento, denso e sombrio, é um som que vale a pena escutar e ela também tem um trabalho solo orientado mais ao darkwave que também é bom de ouvir, o Caress.

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Sapataria

Queerpunk formado por mulheres lésbicas, cujas letras falam dos problemas das homossexuais femininas, como rejeição da família, . Conheci o trabalho delas numa época que eu ouvia bastante bandas como o Bulimia e Mercenárias e achei muito legal não apenas a música, mas também a mensagem, pois as mulheres lésbicas ainda são extremamente invisiblizadas e vistas muito mais como um fetiche do que seres humanos.

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Uboa

Xandra Metcalfe nos apresenta toda a tristeza e melancolia de uma vida em luta com sua identidade transgênero, trazendo um som experimental, ambiente, com toda a rispidez do sludge e do noise. Ela oscila muito bem dentro de muitos gêneros extremos dentro da música, incluindo Death Industrial e Harsh Noise. Eu descobri o trabalho dela graças ao meu irmão, que me indicou o excelente selo Art as Catharsis, que lançou o sensacional The Sky May Be. Um dos meus projetos favoritos, diga-se de passagem.

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Teu Pai Já Sabe?

Eu não me lembro exatamente quando conheci o Teu Pai Já Sabe, acho que eu vi no programa do João Gordo ou algo assim. Eu lembro que o nome me chamou a atenção e na época eu nem conhecia o queerpunk. Só sei que as letras debochadas acerca da homossexualidade, mostrando com muita ironia a sociedade que rejeita e discrimina tudo dentro da sigla LGBT+. Você vai se surpreender ao ouvir.

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Por isso, reiteramos que é importante, acima de tudo, RESPEITO a todos, sejam eles héteros, gays, lésbicas, transexuais e todo mundo que deseja ser feliz sem sofrer por ser quem é. Até porque amor é amor, independente de como ele é vivido.

Nossa playlist para acompanhar as bandas citadas: https://open.spotify.com/playlist/5uB9XOCz4FqEu5N4dF2HY4?si=MkHEgpg-RFayYI0Zd0uruw


Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.