Verdade seja dita, o metal nacional é formado, em sua maioria, por clichês. E o Vingador não foge disto. E isto é bom.
Primeiro disco completo do projeto carioca VINGADOR, ele nos traz um thrash metal influenciado por heavy metal, bebendo de fontes como Metallica (fase Hide the Lighting), Overkill, Whiplash, Nuclear Assault e um pouco do bom e velho Motörhead. E todos os clichês do gênero estão aí: coros, guitarras bem sujas, poucos solos, um som seco e sem gelo, especialmente para os fãs que não curtem muitas inovações.
Do ponto de vista da produção, é um bom disco. Nenhum instrumento está mal gravado, todas as linhas de guitarra são coesas e soam bem montadas, não tendo nenhum exagero e seguindo fielmente a cartilha do bom e velho thrash anos 80 na melhor vertente Bay Area. É bom para bater cabeça, para ouvir e curtir.
O disco tem excelentes momentos como em “Hellstorm” que soa quase como um heavy metal tradicional, “Circle of Death” e sua pegada Overkill e a faixa em português “Morrendo de Paz”, cuja melodia remete aos antigos tempos do Megadeth.
Resumindo, é um bom trabalho. Ele peca por ser pouco original, pouco ousado. Embora tenha uma cara, ainda precisa de personalidade. Mas serve para mostrar um grande nome para o gênero.
1. Tolerance (3:54)
2. Hellstorm (4:22)
3. Ashes of fire (4:50)
4. Circle of death (4:36)
5. Morrendo de paz (4:59)
6. Have no fear (4:08)
7. Dead Nazi Poem (4:12)
8. Yellow crew (5:31)
9. Pestilence (4:20)
10. Darkness is the only light..Suicide the way (4:17)