Com quase 25 anos de carreira, a banda Arcturus volta a fazer shows e deixam os fãs na expectativa de um novo álbum
O Arcturus foi formado inicialmente em 1987 na capital norueguesa, que na época, era o grande centro do black metal norueguês. Um ano antes, bandas como Mayhem e Morbid já haviam começado seus trabalhos e voltando um pouco, bandas como Bathory, Celtic Frost e Venom já cresciam gradativamente no cenário do black metal e com o tempo, consolidando-se como as principais influências e precursores do estilo mais famoso em toda Europa.
O ÍNICIO
Antes, a banda levava o nome de Mortem e em 1990, mudaram para Arcturus, que significa Urso Guardião. Criada por Steinar “Sverd” Johnsen (teclados) e Jan Axel “Hellhammer” Von Blomberg (bateria) que inicialmente, tinha características de death metal e black metal clássico da época. Hoje, a banda é formada por ICS Vortex (vocais), Hellhammer (bateria), Sverd (teclado), Knut Magne Valle (guitarra) e Hugh “Skoll” Mingay (baixo). Em seu início, as características principais da banda faziam jus à época, tendo pigmentos de doom/death metal e o black metal sinfônico posteriormente. O primeiro trabalho lançado foi uma demo My Angel pela Putrefaction Records. O Arcturus demorou certo tempo para entrar na cabeça dos amantes da música pesada e apesar de algumas características bem diferentes da maioria, a banda evoluiu com o passar do tempo e modificou tanto o instrumental como o próprio estilo inicial da banda.
ÁLBUNS
O primeiro álbum – Aspera Hiems Symfonia – teve suas gravações iniciadas em 1995 e lançado no fim do mesmo ano. La Masquerade Infernale (que inicialmente era para se chamar The Satanist) após seis meses de estúdio, o disco saiu em 1997. Nesse ano, o cenário black metal na Noruega já não mais se limitava apenas nas regiões nórdicas, mas já tinha ganhado proporções em toda Europa e com grande público no Reino Unido. Bathory já tinha lançado seu 9º álbum de estúdio; o Mayhem havia reformulado os membros da banda e gravado sua primeira demo e o Burzum já se glorificava com o Filosofem. Ainda em 1996, o Emperor já havia sido criado e estava se preparando para o início das gravações do álbum Anthems to the Welkin at Dusk. Após o Aspera Hiems Symfonia ser lançado, o Arcturus entra em um período de pausa por três anos. No total foram 3 EP’s, 5 álbuns fonográficos, um DVD e uma compilação lançada em 2002 com os grandes clássicos do início da banda.
O AVANT-GARDE
O Arcturus decide mudar quase que totalmente seu estilo, abrangendo uma nova estrutura e muito pouco conhecida no mundo da música. Há várias rotulações para seu novo gênero, iniciado em 2003 com o primeiro álbum The Sham Mirrors, desde à heavy metal, black metal sinfônico à metal progressivo e o avant-garde, que em tese, é um gênero que consegue unir vários outros além de ter uma temática bastante única. Alguns pontos interessantes do avant-garde se dão pela contextualização do art metal e o metal experimental, com uso de acordes dissonantes e escalas incomuns, além de características comuns ao metal progressivo, sem o uso de modelos exatos de estrutura sonora, ritmos e tempo não convencionais. Ligado ao Arcturus, o avant-garde recebe foco principal do black metal mais partindo para o sinfônico, com alto uso de teclados e vocalizações quase operáticas.
O FIM E A VOLTA
Em 2005, a banda lançou seu 5º álbum de estúdio, Sideshow Symphonies e no ano seguinte, seu DVD, Shipwrecked In Oslo. Dois grandes trabalhos que marcaram a carreira do Arcturus desde então. O álbum Sideshow Symphonies é considerado um dos melhores álbuns da banda, trazendo grandes sucessos como Shipwrecked Frontier Pioneer, Deamonpainter, Evacuation Code Deciphered e outros. Em 2007, anunciaram a separação da banda mas em 2011, para a surpresa de todos, eles voltaram no Festival ProgPower USA. Já fizeram shows no México, no Hellfest Verão Open Air em 2012 e já confirmaram o início dos trabalhos para um novo álbum. Os fãs agradecem e imploram que o próximo álbum da volta do Arcturus seja um sucesso, um grande passo para o reinício de um novo tempo.