O guitarrista gaúcho Marcos de Ros é, de fato, um músico bastante competente. Conheço o trabalho dele desde a época do Akashic e, com o fim da banda, ele pode se dedicar a uma carreira solo, que nos brinda com um disco baseado em filmes e histórias de aventuras, a “Sociedade das Aventuras Fantásticas”.
Musicalmente falando, é um disco de metal neoclássico. Isto pode afastar muita gente, visto que esta é uma vertente onde predominam canções altamente técnicas e de difícil digestão. Não é o caso deste trabalho. Ele facilmente pode ser ouvido por qualquer pessoa, mesmo aquela que não seja fã de discos instrumentais.
As pegadas de guitarra lembram bastante clássicos como o Malmsteen, mas sem exageros. As músicas seguem composições com propostas interessantes, onde se trabalha muito o lado “melódico” das canções. Além disto, o tipo de composição, temática, lembra um bocado os trabalhos do Alexi Masi, sobretudo nos trabalhos “In the Name of Mozart” e “In the Name of Bach”. Contudo, a semelhança está no modo de execução dos trabalhos e não nas músicas.
Como destaque, podemos colocar as músicas “Alice no país das maravilhas”,” O Pequeno Principe” e “Hino do Super-Homem”, embora todas sejam muito boas e com personalidade, permitindo você entender o tema.
No fim das contas, é um disco muito bom, valendo cada segundo de audição.