Slave’s Mask – Soak Kaos (2014)

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Basicamente existem dois tipos de música eletrônica: aquela monótona e frenética que está limitada ao entretenimento, e a verdadeiramente artística em sua essência experimental. Isso não significa que não existam trabalhos direcionados à pista que tenham valor artístico, é apenas uma visão geral que não convém ser pormenorizada.

E é dentro do último espectro que se encontra o Slave’s Mask. Vindo da Finlândia, o duo tenta transmitir suas visões esotéricas através da música utilizando diversos elementos a fim de proporcionar uma profunda e hipnótica experiência sonora. São apenas seis faixas que transitam por vários segmentos da música eletrônica, mas que são uniformizadas pelo clima místico.

Se por um lado é fácil para eles converter seus princípios ocultos numa atmosfera musical adequada, por outro é difícil colocar em palavras as sensações absorvidas com a audição de Soak Kaos. Do feeling contemplativo semi-acústico de St. Swastika Street, passando pelo Trip-Hop com teclados altamente viajantes de Shadow Path Mantra até a imersão no Martial Industrial em Hail The Sun, o que temos é uma proposta fundamentada na imprevisibilidade e com homogênea atmosfera.

A distorção estúpida que vem sofrendo o simbolismo e a filosofia empregados aqui não deve comprometer o trabalho, pois a abordagem é séria e madura, sem nenhuma referência despropositada à política. E, acima de tudo, é um item obrigatório para fãs de música eletrônica autêntica.


Após algumas experiências escrevendo em blogs de música, editei sozinho uma revista sobre Black Metal em 2012. Foi lançada apenas uma edição, que me proporcionou a oportunidade de escrever para a Roadie Crew a partir de março/2013. Lá me limito apenas ao Black Metal e bandas de outras vertentes com temáticas ligadas ao ocultismo/satanismo. Apesar de ter um gosto musical variado, nutro um fascínio por esse estilo e temáticas relacionadas. No Groundcast, meu foco é a Música Eletrônica, principalmente de caráter oculto/satânico.