[Recomendação da Semana] Long Distance Calling ~ Long Distance Calling (2011)

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Há algum tempo, leia-se desde a primeira audição que venho querendo conceber alguma review sobre esse cd, alguma coisa que capte a essência do disco, que é… bastante consistente.

Essa é uma daquelas típicas bandas que tu vê nalgum post aleatório d’algum blog de post music, e que (inicialmente) desperta sua atenção pelo nome pretensioso (e só pra ter o gostinho mesquinho de criticar os caras após audição do material, já que a pretensão no meio musical é recorrente e eclode a cada esquina). Contudo, as coisas aqui são beeem diferentes, mesmo porque tais blogs, quando, teceram comentários foram bastante favoráveis, assim sendo por algum motivo que desconheço resolvi escutar os caras com atenção e vi que aquela premeditação anterior (pra meu deleite) fora solapada!

Essa banda de nome excêntrico, Long Distance Calling, provinda da Alemanha é composta por cinco membros:

  • David Jordan – guitar
  • Janosch Rathmer – drums
  • Florian Füntmann – guitar
  • Jan Hoffmann – bass
  • Reimut van Bonn – ambience
Contudo, em diversos momentos soam como um power trio (dos idos de 70~80 com aquela pegada rock n’ roll mesmo), obviamente pelo caráter instrumental acentuado que a banda possui e pela predominância de guitarras distorcidas, baixos bem marcantes e presentes o tempo inteiro e a bateria, “quebrando tudo” e com variações rápidas e bem marcadas. Assim sendo, é difícil defini-la num único rótulo, já que há tais momentos mais entrópicos que remetem a elementos típicos de power trio, assim como as guitarras distorcidas (sem contar os overdrives) e os riffs incisivos que agregam elementos, desde os primórdios com influências gritantes de Tommy Iommi até os contemporâneos do Russian Circles e Neurosis com dosagens de sludge e post metal, além é claro dos elementos amorfos que fazem parte desta cena póstuma do rock e metal que é o post.
Pode-se dizer que a força do grupo está nos elementos que me fez trazer o termo “power trio” para este post: baixo, guitarras e bateria; as guitarras como já dito anteriormente possui elementos agressivos e utilizados com pertinência singular; Alías, todo o instrumental da banda, durante a maior parte do cd é assim, pois é justamente isso que dá a consistência e significativa qualidade a esse cd. Os vocais são raros, mas quando aparecem, encaixam-se perfeitamente à proposta; assim como os elementos “ambiente”, típicos do post, que se encontram presente durante todo o disco, só que num plano de fundo, ditando e norteando as tendências sonoras da banda, alías, tais elementos são mais discretos, mas são de suma importância para o som da banda, pois sua falta geraria um vazio que suscitaria a impressão de disjunção sonora (lol que termo é esse?!) como se estivesse faltando algo que poucos conseguiriam perceber.
Para o ocaso desta breve resenha, fica a dica (tácita) de audição e que se atentem ao cenário post que tem propiciado bandas novas e originais, sendo consistentes e realmente dignas de maiores atenções, tal como a presente banda aqui descrita.
Formato:  Albúm
Duração:   7 Songs | 56:06
Selo:   Superball Music
Lançamento: 18.02.2011
Nota: 4:80/5:00
Segue o clipe oficial da excelente “Into The Black Wide Open”

Long Distance Calling | Into The Black Wide Open (offical video)

(próxima review muito breve, sem este longo hiato... e se possível ou Moda De Rock ou o Crack The Skie)

Um cara (a)normal que gosta demais de música e de prosas descompromissadas... Ademais, poeta marginal qualquer.