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Andreas Blix Jacobson ou apenas Blix, é um rapaz que faz vídeos de músicas autorias ou covers e coloca no YouTube.
Em sua lista de covers temos: Opeth, Dimmu Borgir, Nile (que foi compartilhado pelo próprio baterista george Kolias), entre outros. Um músico versátil que tem uma boa identidade no que faz. Confiram a entrevista que fizemos com ele.
Primeiramente, obrigado pela entrevista. Acredito que escuto seu trabalho há uns dois anos e apenas tenho coisas boas para falar dele. Então, vamos começar..
GroundCast – Como tudo começou? Conte-nos um pouco de sua tragetória.
Blix: Tenho estado na música desde que eu consigo me lembrar. Com seis anos comecei a tocar piano e a cantar e em torno dos 13 ou 14 me focava em aprender outros instrumentos. Na escola comecei a ouvir metal e acredito que foi isto que formou o que hoje se conhece como Blix, lembro até que um velho amigo me perguntou se eu sabia tocar baixo e me convidou para tocar com a banda dele. Eu já tinha sido advertido de que o som era estranho, mas eu decidi dar uma chance. Em meu primeiro ensaio eu tive contato com o podre, denso e underground Black Metal norueguês, ainda não estava preparado para aquilo e levei algumas semanas ouvindo somente Darkthrone, Burzum e Mayhem para que realmente começasse a compreender o que tudo aquilo era e me transformasse em um membro produtivo da banda. Logo após isso eu descobri Opeth e posso dizer que foi um ponto crucial na minha vida. Eles ainda são minha banda favorita e que realmente me colocaram no metal e me consequentemente que eu começasse a compor minhas próprias músicas.
GroundCast – Quais são suas influências?
Blix: Como já mencionado, Opeth, eu poderia listar inúmeras bandas, todo o espectro que vai desde Steven Wilson até Devournment. Algumas coisa de música folk – não metal – música folk de verdade como “Triakel”. Coisas do mundo externo, minha inspiração mais forte vem do contraste de experiências vividas. Um claro exemplo é vivenciar a morte de perto e a partir daí dar valor a vida.
GroundCast – Você tem alguns covers colaborativos, como apareceu o primeiro convite para fazer um?
Blix: Lorenzo Marcelloni (Aydan86 no YouTube) me mandou uma mensagem há uns quarto anos, ele perguntava se eu queria fazer parte de um cover de Dimmu Borgir que ele iria fazer. Não tenho a menor ideia de como ele me encontrou e estava curioso sobre isso. Para nossa felicidade deu muito certo. Ainda fazemos algumas coisas juntos, mas se tornou cada vez mais difícil, mas eu sou muito agradecido por esse convite, foi um bom começo.
GroundCast – Da onde vem o nome Blix?
Blix: Haha, isto é realmente engraçado. Algumas pessoas acreditam que eu peguei este nome de um fime de 1985 (Legend) – o que é realmente engraçado – este é meu nome, Andreas Blix Jacobsen. Blix é o sobrenome da minha mãe e é um nome tradicional – eu nem faço ideia de quando se data a origem dele – e em algum momento na escola, meus amigos começaram a me chamar de Blix, pois eu não era a única criança chamada Andreas, o que poderia dificultar as coisas as vezes. O nome ficou e eu basicamente o uso como meu primeiro nome.
GroundCast – Você possuí músicas autorais e pelo que eu percebi orientadas para o Black Metal (me corrija se eu estiver errado) e eu sei que a Noruega é o país do Black Metal, mas por qual motive de ter pego este estilo para compor suas músicas?
Blix: Eu realmente não sei, eu não tento me prender a nenhum estilo, eu escrevo e simplesmente saí desse jeito, realmente não sei lhe responder isso.
GroundCast – Por qual razão decidiu ser uma one-man-band? Não possui planos para transformar Blix em uma banda para shows?
Blix: Sou frontman e principal compositor em uma banda onde eu moro, ainda não fizemos nada, mas quem sabe o que o futuro aguarda? Apenas fiquem atentos, é tudo que posso dizer por enquanto..
GroundCast – Qual é o equipamento que usa para gravar suas músicas?
Blix: Minha guitarra principal é uma Ibanez RG-521, program a bateria usando o Addictive Drums e tenho um baixo Ibanez que não me recordo o modelo agora. Os vocais são gravados com um Shure SM7b. Tudo conectado a um Steinberg soundcast (UR-22) e jogado dentro do Cockos Reaper, é um equipamento barato, mas que dá conta do recado.
GroundCast – Qual o seu conselho para quem quer ter um home studio?
Blix: Regra número um: TENHA UM SOUNDCARD EXTERNO! Nunca, mas eu digo nunca mesmo plugue um microfone diretamente no seu laptop ou computador.
Regra número dois: Não pare nunca de estudar, procure informações e tutoriais. Sua guitarra não está saindo do jeito que quer, procure na internet o que você pode fazer para melhorar e deixar do jeito que quer. Não consegue fazer os vocais encaixarem, procure no Google “Como mixar metal”.
GroundCast – Você tem músicas com um cara chamado Tristan, como surgiu essa parceria?
Blix: Ele me mandou uma mensagem no YouTube, perguntava se eu queria fazer vocais em uma de suas músicas. Recebi o instrumental do que hoje é a Brane Collision e aquilo simplesmente me deixou impressionado e eu quase me arrependi de colocar vocais em algo que já estava muito bom, pois a música era ótima sem nada mais. Eu não poderia deixar a oportunidade passar, quem em sã consciência deixaria?
GroundCast – Qual é o futuro do Blix?
Blix: No momento, sobreviver. Eu sonho em ser um músico em tempo integral, mas isto ainda não é possível. Então no momento eu tenho um emprego padrão e faço música em minhas horas vagas.
GroundCast – Qual a sua opinião sobre o compartilhamento de músicas pela internet, seja download ou streaming?
Blix: Tenho uma opinião bem dividida. Música é uma arte e assim como qualquer forma de arte ela precisa ser acessível para todos. Por outro lado eu imagino que artistas que são bons o bastante para cativar pessoas merecem viver disso. Basicamente o que eu quero dizer é: Todo mundo deve baixar músicas, mas se no meio dessas tiver um artista que você realmente goste, compre os CDs, Merchandising e tudo mais que puder fazer para ajudar.
GroundCast – Obrigado, agora este espaço é seu para falar algo a nossos leitores..
Blix: Não, obrigado VOCÊ! Esta é a minha primeira entrevista sobre o meu trabalho solo e isto me faz sentir de certa forma honrado. Para seus leitores: se você não se cansou em ler tudo isto eu quero agradecer você, não quero soar como um wannabe rockstar, apenas sou um cara que faz música no porão. Fico feliz em poder trazer algo de bom para as pessoas e coisas como esta me fazem querer continuar fazendo isso.