Eluveitie em São Paulo

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No dia 20 de Janeiro de 2012 os suiços do Eluveitie retornam ao Brasil, para tocar seu folk misturado com melodic death metal.

Antes da apresentação da banda o grupo Hednir fez uma recriação de combate com armas brancas. Eles são conhecidos e consagrados por praticarem o Viking Reenactment, marcando presença em diversos outros eventos. A apresentação deles, contudo, foi em um péssimo local, porque parecia que aconteceria no palco, antes do show. No entanto, ela transcorreu em uma área próxima aos banheiros, com uma má iluminação, mas nada que pudesse abalar o grupo. Também era notória a falta de um local para deixarem seu equipamento (que não é pouco, acreditem), fato que também atrapalhou a performance, uma vez que era necessário deixar alguém para vigiá-lo.

Depois da apresentação do Hednir, o Eluveitie sobe ao palco, com muito carisma e entusiasmo. A banda começa a agitar desde o começo e após uma intro tocam “Everything Remains as It Never Was”. Público agita, canta, se diverte. Como toda apresentação de folk metal deve ser (pelo menos acredito).

A próxima música foi “Nil”, mantendo a mesma energia do começo e fazendo o público pular como loucos, melhorando quando anunciaram “Kingdom Come Undone”, quando se formaram rodas de bate-cabeça sempre que possível. Para quem acha isso comum, recentemente estive na Europa e os “bate-cabeças” que temos aqui são únicos, exceto por alguns países a maioria lá assiste o show quieto, o que é estranho para quem está acostumado com o Brasil e provavelmente é por esse motivo que as bandas gostem tanto de tocar aqui.

Dando sequência veio “Calling the Rain”, todos no palco agitam bastante, tendo uma boa presença e fazendo o público querer agitar loucamente. O vocalista Chrigel Glanzmann interagia com o público e dizendo o quanto estava feliz por tocar aqui, deixando uma bandeira do Brasil no pedestal do microfone. O público pedia mais e mais e a banda toca “Thousanfold”, mais bate-cabeça, pulos, gritos, agitação. Não faço ideia de quantas pessoas tinha, afinal o local não é ENORME como um Credicard Hall, mas com certeza todos que ali estavam gostavam bastante do show, você não via quase ninguém parado.

“Meet the Enemy”, que é bem agitada, fez com que a pista não ficasse parada e, claro, bate-cabeça. Até o momento não vi nenhum problema com a produção do show, de onde estava conseguia ouvir todos os instrumentos tranquilamente, bem regulados e isso é VITAL para a apresentação de bandas que usam flautas e violinos com outros instrumentos, pois caso não esteja bem regulado um som pode encobrir o outro.
Para continuar a noite folk, “Havoc” e em seguida “Tarvos” que agitaram bastante a galera que não parava um segundo quieta e sempre pedindo mais e mais, acredito que se o show durasse a madrugada toda eles continuariam pulando e gritando.

“The Arcane Dominion” é uma música mais tranquila e é tocada logo em seguida. Algo mais para viajar, ouvir tranquilamente. A banda tinha entrado um pouco depois das 21hs, mas era como se tivesse no palco há poucos minutos. O show fluía de forma natural e tranquila, quebrada com o peso e a velocidade de “The Song of Life”, mostrando bem o lado Melodic Death Metal da banda e para manter essa atmosfera tocam “Your Gaulish War” deixando o público agitado.

“Inis Mona” fecha a noite com chave de ouro. Após isso a banda se retira e todos gritam seu nome, querendo mais e mais. Um dos organizadores do evento (creio eu) sobe ao palco para dizer que a banda já volta e anuncia que teremos ainda esse ano Arkona e Korpiklaani. Os suíços sobem novamente para o bis, tocando “Tegernakô” e se despede do público brasileiro, agradecendo a presença e a receptividade.

Apesar de alguns falarem que o show anterior foi melhor e que o set dessa vez foi um pouco “curto”, o show valeu pela apresentação do Hednir, da banda, que sempre procurou interagir com o pessoal e fazer dessa noite inesquecível e da reciprocidade dos fãs que lá estavam presentes.


Ilustrador, designer, vocalista, artista plástico e pentelho ans horas vagas. Fã de heavy metal e outras coisinhas mais.