Backdrop Falls conquista os fones de ouvido de jovens ao redor do mundo

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A banda de punk rock Backdrop Falls, vive seu melhor momento com o lançamento internacional do full album “There’s No Such Place as Home”, distribuído no streaming via Electric Funeral Records e com distribuição física mundial de cd e k7 pelos selos Electric Funeral Records (BRA), Dinamite Records (USA), Bomber Music (UK), Geenger Records (Croácia), Mevzu Records (Turquia), 20 Chords Records (Espanha), Duff Records (Itália), Infected Records (Portugal), Audioslam (Chile) e Razor Records (Argentina).

Com um disco sólido e com grande aceitação da mídia especializada ao redor do mundo, o grupo vem conquistando seu espaço em playlists mundiais e nos fones de ouvido de jovens e adultos com seu som punk rock visceral e composições cheias de emoções reais, fazendo você emergi em uma cena de filme californiano dos anos 90.

A banda se prepara para lançar em setembro o clipe da faixa “My Own Remains” e sair em turnê fim de ano para a América Latina.
O artista, idealizador da Hug You Chaos e responsável pela concepção da capa de “There’s no such place as Home”, deixa sua marca quando inspira o vídeo a cortejar com a loucura do paralelismo existencial. Na realidade distorcida abordada no clipe, Roger Capone, Rafael Neutral e Tiger tentam resgatar Matheus Collyer, que encontra-se sepultado pelas suas intermináveis recordações. A tentativa de desenvencilhar-se do passado e recomeçar, por meio do apego às coisas reais refletem a composição da letra da música.

Assista o teaser de ‘My Own Remains’: https://youtu.be/5hDZyqN33HI

Conversamos com Matheus Collyer (voz/guitarra) sobre as influências que formam o som da banda, processo de composição, planos futuros e distribuição do álbum por 10 selos no mundo.

Toda banda tem sua influência, assim como o Backdrop Falls influencia as novas bandas da safra do punk rock e pop punk, vocês se inspiram em alguma banda?
Matheus: Dentre as várias influências musicais que temos, o punk rock/pop punk tanto dos anos 70 quanto das décadas mais recentes (90 e 2000) sempre foi a mais forte e sempre foi esse elo em comum entre nós. Difícil escolher uma banda só, poderia citar umas dezenas de bandas que nos influenciaram e nos influenciam até hoje.

De ondem vêm esse nome Backdrop Falls? O que levou a banda a esse nome?
M: “Backdrop” é uma palavra em inglês que significa algo como “pano de fundo”, aquelas bandeiras grandes que as bandas colocam atrás do palco, por exemplo. No teatro, eles usam backdrops pra criar cenários falsos, então a ideia foi a seguinte: se esse backdrop cair (backdrop falls), todo esse cenário vai embora, restando apenas a realidade fria, opaca e sem graça. Traduzindo a metáfora, o nome Backdrop Falls representa pra gente a nossa forma de
fazer música, com a alma, com significado, de forma honesta e sem “falsos cenários”. O nome é uma reflexão sobre o que é real e o que é feito para parecer real.

O album “There’s no such place as home” foi muito bem recebido em diversos países. A banda acaba de anunciar 10 selos ao redor do mundo para a distribuição física do disco. Como se deu esse processo e como a banda reagiu a esse feedback tão positivo?
M: Esse processo foi desenvolvido em parceria com a Collapse Agency e a Electric Funeral Records, eles acreditaram no nosso potencial e nós temos trabalhado em equipe pra conseguir levar o nosso som pro maior número de pessoas, estejam onde estiverem, esse sempre foi nosso objetivo. Ficamos bastante felizes com tudo isso, nossa próxima meta agora é ir pessoalmente em todos esses lugares e tirar um som pra toda essa galera!

Suas letras passam uma mensagem muito forte, de onde vêm as ideias para as composições?
Existe alguma composição que é mais especial para vocês?
M: Normalmente vêm de experiências passadas… tento não pensar muito quando tô escrevendo justamente pra transmitir o máximo de realidade possível de uma forma que as pessoas possam se identificar com o que escutam, tanto musicalmente quanto pelas letras. O importante é que no final das contas essa energia seja transmitida da Backdrop Falls pra quem escuta. Difícil escolher uma, mas tenho um sentimento diferente por “Out of my mess” porque foi uma música que escrevi inspirado em algo que aconteceu com outra pessoa, diferentemente das outras onde as reflexões partem de mim mesmo.

Como foi o processo de composição, criação e gravação do disco dentre os membros da banda?
M: Muito bom, a gente montou um estúdio bacana onde podemos nos reunir e ensaiar, compor etc… boa parte do processo de composição/pré produção aconteceu lá até partirmos para a gravação, onde tivemos a participação do Luiz Orsano como produtor e engenheiro e do Hugo Lage como co-produtor. Tudo correu de forma tranquila, nos entendemos muito bem desde o início e o disco saiu exatamente como queríamos.

De quem é a arte da capa do single e porque escolheram esse artista?
M: Já conhecíamos o trabalho do Raoni Volker(Hug Your Chaos) e nos identificávamos bastante. Achamos que a atmosfera que ele passa através da arte combina com o contexto das nossas letras, inclusive estamos trabalhando juntos novamente no lançamento de um dos próximos clipes. Além disso ele já é um amigo de longa data da banda, foi mais uma forma de valorizar o trabalho autoral cearense.

Como anda a agenda de shows e a divulgação do trabalho?
M: Estamos voltando de alguns shows, dois no festival Garage Sounds, alguns shows em Fortaleza, sendo um deles com o Face to Face (USA), e temos boas novidades pela frente, a Collapse Agency e a Electric Funeral Records vem fazendo um trabalho incrível de divulgação
que vem fazendo toda diferença.

Confira o disco “There’s No Such Place as Home”: https://backdropfalls.bandcamp.com/album/theres-no-such-place-as-home


Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.