DIARY OF DREAMS: Ego-X [Review]

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Um novo disco do projeto alemão formado por Adrian Hates, sucessor do “(if)“ . E o que esperar deste lançamento?

Se esperar algo na linha do anterior, esqueça. É um disco cuja sonoridade remete muito aos discos anteriores, lembrando parcialmente os trabalhos como “Freak Perfume” e o “Moments of Bloom”. Caem fora um pouco as guitarras pesadas e entram novamente os sintetizadores, com destaque às melodias de teclado.

Trata-se de um disco conceitual, na qual é narrada a história da luta do Ego contra o Superego e o Id, dentro da sociedade moderna. Então cada faixa é como uma cena, com marcação de capítulos feita por um narrador, Martin Kessler (que é o dublador do Nicolas Cage na Alemanha).

O disco começa com uma introdução, que inicia a história, seguida da excelente “Undividable”, que em vários momentos flerta com o gothic rock e possui uma pegada mais pesada que as demais músicas do disco. “Lebenslang” continua a música anterior, após uma narrativa, onde a presença das guitarras se torna ainda mais evidente. “Grey the Blue” nos apresenta um darkwave consistente, bem na linha dos discos anteriores do grupo, com alguns arranjos de sintetizadores que remetem a violino, que cria uma atmosfera de suspense.” Immerdar” entra como uma balada, diferente de outras músicas deles. Talvez a mais grata surpresa seja a música “Push Me”, em parceria com Amelia Brightman, irmã da cantora Sarah Brightman. Os vocais femininos trazem um elemento novo, que nunca apareceu antes.

As outras músicas vão acompanhando a história do disco, oscilando entre uma grande animação da “Echo in Me (X-Version)” até mesmo um final bem mais lento e devagar, como possível notar na última faixa, a “The Return”

Os remixes presentes no segundo disco são interessantes, porque mostram facetas mais agitadas das músicas comuns, perfeitas para uma pista de dança.

No geral o trabalho merece uma conferida. Se o Diary of Dreams parecia seguir um caminho mais metal, neste trabalho podemos notar uma renovação dentro do darkwave.


Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.