REVIEW: The Agonist e Shadowside em São Paulo

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Sábado, 21 de Julho, Shadowside e The Agonist no Carioca Club em São Paulo.  Com dois públicos distintos não sabia o que esperar da apresentação da Shadowside no meio de um público basicamente de Metalcore. Claro, por mais que muitos “headbangers” escutem, ainda tem muito preconceito com esse tipo de sonoridade e alguns acham que nem deveriam se misturar.

Com seu Heavy/Power Metal potente a Shadowside não fez feio, mas infelizmente por algum erro técnico, algumas horas o som ficava embolado e se ouvia simplesmente a bateria e o que deveria ser música se transformava em barulho.

Conduzindo o show, a vocalista Dani Nolden sempre chamando o público e agitando, algumas pessoas cantando junto e com o passar das músicas a banda foi empolgando um público que não faz parte do seu meio.

Show correu muito bem, mesmo com o problema técnico que citei, mas logo pensei:

– Banda de abertura geralmente é meio largada em shows, no The Agonist vai estar tudo redondinho.

Esse foi meu maior erro, achar que seria isso. The Agonist sobe ao palco e abrindo as cortinas eles começam tocando “You’re coming with Me” e o público já começa a agitar, afinal, estavam esperando por isso. O som estava ligeiramente melhor do que na Shadowside, mas ainda assim senti alguma coisa estranha na sonoridade.

Alissa, a famosa Alissa, não empolgou muito na primeira música, mas pensei ser só um aquecimento. “Thank you Pain”, cantada por muito, provavelmente uma das músicas mais esperadas. A banda sempre agitando , chamando a galera e Alissa se mantinha parada, apenas cantando. Seus vocais sempre alternando, gutural, rasgado, limpo, característica mais marcante do The Agonist.

“Panaphobia” e “Ideomotor”, aumentavam a agitação do show, fazendo as pessoas começarem a fazer “bate-cabeças”, algo que não foi visto no show da Shadowside, “Born Dead; Buried Alive” continua a empolgação e quando começam “Birds Elope with the Sun” a porradaria começa, cada música fazia o bate cabeça aumentar mais e mais.

“The Tempest” e “Lonely Solipsist” continuam o show e Alissa se mantem “estática” no palco, pouquíssima interação com o público, os guitarristas e baixista sempre puxavam o público. O baterista me deixou muito a desejar, pois no CD ele parece tocar tão bem, mas ao vivo ele não é tão excepcional. Talvez tenha sido um dia ruim para ele, não sei, mas pra mim deixou a desejar.

“Rise and Fall”, “Martyr Art” e “Predator and Prayer” fizeram o public agitar mais, gritar mais, pular mais e em seguida é tocada “And Their Eulogies Sang me to Sleep” que foi a única música audível da noite.

As três últimas “Business Suits and Combat Boots”, “Dead Ocean” e “The Escape” foram extremamente prejudicadas por causa dos problemas técnicos. Claro que esses problemas persistiram nas outras músicas, tornando algumas realmente estranhas de se ouvir, mas nessas três últimas citadas, tudo virou barulho, baixo muito estourado, bateria alta, vocal as vezes “sumia”e guitarras de enfeite.

Nota final do show, parabéns para ambas as bandas, principalmente a Shadowside, por ter tocado para um público que não era o deles com força e determinação. The Agonist, Alissa me decepcionou, a banda não é recente, não tem poucos meses de estrada para que ela seja tão parada, ela é uma Front Woman e os outros membros pareciam agitar mais do que ela.  Espero que os próximos shows da produtora não tenham esses problemas técnicos (caso a culpa seja deles) e caso seja da casa de shows, que providenciam equipamentos reservas.


Ilustrador, designer, vocalista, artista plástico e pentelho ans horas vagas. Fã de heavy metal e outras coisinhas mais.