Handsaw: entrevista com Vitor Ferreira Arante

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Por Sylvia Sussekind

O baterista da banda Handsaw, Vitor Ferreira Arante, considerado uma das grandes revelações do Death Metal no Brasil, conta em entrevista, sobre a influência de bandas como Cannibal Corpse, Carcass, Suffocation na sua vida e sobre os planos futuros do Handsaw.

Como e quando a música entrou na sua vida?

Sempre tive interesse desde que me lembre, apesar de não possuir nenhum parente músico, ou com alguma ligação forte com a música, eu sempre tive um interesse forte. Praticamente sempre ouvi todos os estilos musicais.

Por que a escolha de tocar bateria?

Bateria é um instrumento mais intenso, que eu sempre via quem tocava dando o sangue, sempre achei isso sensacional, por isso que curto tocar bateria, por que é um instrumento que você tem que dar o sangue o tempo todo pra ter o melhor resultado.

Por que o interesse no Death Metal?

Sempre que você começa a ouvir algum tipo de música mais pesada, a tendência é você sempre procurar por algo mais pesado ainda, e o Death Metal pra mim, é o ápice da música pesada, é onde os músicos conseguem atingir níveis de afinações, de velocidades, de timbres, que em nenhum outro estilo eles seriam capazes.

Quais foram as suas maiores influências, que inspiraram você?

A maior com certeza é o Cannibal Corpse, que acredito que seja a banda de death metal que é conhecida até por quem não conhece death metal. E outras bandas como Carcass, Suffocation, Opeth, Bloodbath, Six Feet Under e também curto muito estilos fora do metal, como Reggae, música regional nordestina e samba de raiz.

Como surgiu a ideia de montar o Handsaw?

A Handsaw é como se fosse o ressurgimento de um projeto antigo que eu tinha com o Gabriel (guitarra), nós éramos mais novos e tínhamos uma banda chamada Autopsia, que o Leandro (guitarra) chegou a tocar um tempo também, a banda acabou e muito tempo depois ele resolveu voltar com o projeto e o Edson entrou pra essa parada junto com a gente, e nisso foram entrando os outros dois integrantes, o Paulo e o Leandro.

Como funciona o processo de composição da banda?

O Gabriel começa tendo as idéias dos riffs, mostra pro pessoal da banda e nós começamos a construir, é meio relativo, as vezes fazemos em estúdio, as vezes eu vou na casa dele e fazemos isolados para poder elaborar algum lance mais quebrado que exige pensar mais na divisão dos tempos, mas praticamente as músicas começam sempre com a junção de riffs de guitarra que vão evoluindo.

Quais são as principais influências da banda?

Death Metal em geral como, Asesino, Cannibal Corpse, Suffocation, Dying Fetus, Decapitated, Morbid Angel, algumas bandas experimentais vários integrantes curtem também, como Radiohead e Perfect Circle e uns Hardcores das antigas como Ratos de Porão.

Quais são os planos futuros? Previsão para lançamento de algum trabalho?

O plano mais próximo é o lançamento do nosso EP, porém já temos várias ideias engavetadas de projetos não apenas envolvendo a música, mas também envolvendo experiências sensoriais, visuais, sociais, etc… Nós acreditamos que ter uma banda é muito mais do que apenas fazer músicas, temos vontade de transcender tudo que é possível dentro do meio em que estamos.

 

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Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.