Blackcore – Ulfhedinn (2016)

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Black Metal / Thrash Metal – Independente

Faz um bom tempo que eu entrevistei a maravilhosa dupla responsável pelo Helalyn Flowers. E eu conheço há um bom tempo o senhor Max Helalyn, que é um cara muito gente boa e um grande fã de bandas de metal extremo, como Venom, Bathory, Slayer e Celtic Frost. E nesse primeiro EP, Ulfhedinn, ele busca resgatar um pouco de um antigo projeto que ele tinha quando era mais novo.

Musicalmente falando é um trabalho muito promissor. É um black metal fortemente influenciado pelo Celtic Frost e também pelo Mayhem, com linhas de guitarra bastante diretas e cruas e muito blast beat. Contudo, o que poderia parecer uma simples cópia das bandas citadas se transforma numa grata surpresa ao inserir elementos de heavy metal tradicional e também de thrash metal oitentista. Tem uma pegada que oscila entre o som tétrico e seco ao espancamento sonoro digno do Slayer em seus áureos tempos.

“Jaguar Babies” começa o EP como uma introdução a pancadaria sonora que virá, com uma música curta cheia de efeitos e temas épicos, para ser sucedida de “The Rites of Fire”, uma pedrada rápida, ríspida e crua, que durante o andamento vai adicionando algumas passagens de heavy metal tradicional. Lembra um pouco o Daemonarch, projeto de black metal do povo do Moonspell. “Rise of the Iconoclast” introduz um tema épico, fortemente inspirado em Bathory, fechando com “Of Bark and Blood”, thrash metal de primeira qualidade, com direito a inspirações retiradas do Show no Mercy do Slayer.

Se existe uma crítica negativa ao trabalho seja que ele é muito bom no que se propõe a fazer, mas em alguns momentos falta um pouco de personalidade. Mas talvez seja questão de amadurecer as composições e partir para um disco completo, onde dá pra ter melhores impressões. O certo é que um disco muito bom e você precisa ouvir no volume máximo.

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Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.