O Brasil é conhecido como a terra do samba, do rock, do metal, do pagode e de outras coisas. Mas pouca gente conhece o nosso lado experimental. Por isto traremos todas as terças-feiras um texto falando sobre o lado experimental de nosso país, com grupos ou nomes que produzem música não-convencional e não focada nos preceitos normais de música. Nesta semana, falaremos do Cadu Tenório.
Nascido em 17 de outubro de 1987, o carioca Cadu Tenório é o que se pode chamar de “workaholic da música experimental”. Seus trabalhos primem, num primeiro momento, pela qualidade técnica e pelo uso constante de noise e de improvisos, usando sonoridades captadas de “instrumentos” orgânicos. Algo meio Test Dept, meio Psychic TV, mas com um toque autoral bem marcante.
Conheci este rapaz pelo seu trabalho no Sobre a Máquina, um daqueles trabalhos tortos que se você não ouvir, vai perder uma experiência eletroacústica única. Depois vim a conhecer o noise agressivo do VICTIM! e depois o Ceticências, mais do que obrigatório de ser ouvido. Com sua carreira solo, lança Cassettes e Vozes, além da sua parceria com Márcio Bulk no excelente disco Banquete, misturando elementos de mpb e jazz ao caos do noise orgânico.
Sem dúvidas, trata-se de um dos nossos maiores compositores experimentais em atividade, merecendo mais atenção aos que estão de saco cheio da música convencional.
Discografia
Sobre a Máquina
2010 – Decompor
2011 – Areia
2011- Anomia
2013 – Sobre a Máquina
VICTIM!
2012- Sexually Reactive Child
2012- This Is What You Love, Young Man, And It Isn’t Beautiful!
2013 – Lacuna
2013 – Lar
Cadu Tenório
2014 – Cassetes
2014 – Vozes
Trabalhos em conjunto com outros artistas
2014 – Cadu Tenório e Márcio Bulk – Banquete