Não precisa assumir posição política
O mais importante para um artista do funk é a sua representatividade. Ao cantarem sobre suas realidades, assumem um papel político de um povo que exige mudanças. Mas não precisam assumir um lado, não precisam passar pela dicotomia esquerda e direita. Por mais que possam ser politizados, suas demandas não são panfletárias a nenhuma corrente, seja ela socialista, seja ela neoliberal.
Diferente do que vem acontecendo aos artistas do rock nacional, o funk carioca não tem espaço para nenhuma manifestação partidária. Os seus integrantes não estão preocupados com qual o melhor ou o pior lado, mas sim querem mudanças que os inclua dentro da sociedade. A existência de mulheres que dão voz a suas vontades e desejos, de gays e lésbicas que falam de suas demandas e de travestis que se colocam num mundo formalmente patriarcal e machista faz a existência destes trabalhos ser política sem ser partidária.