Dá voz para mulheres, homossexuais e travestis
Estamos numa era onde as camadas mais prejudicadas pela sociedade ganham voz e expressam suas demandas. Seja com a mulher que sente desejo e é dona do próprio corpo, como a Valeska Popozuda ou a desconstrução de gênero da MC Xuparina. Existe uma aceitação muito grande por estas pessoas, coisa impensável no rock e no metal.
Existe também a Transnitta, uma sósia travesti da Anitta, que passou a gravar músicas autorais. Suas performances e seus vídeos ressaltam este lado da mulher trans* que fica à margem da sociedade. Tudo isto aliado a muito bom humor, desafiando muitos dos padrões mais conservadores da sociedade.
Isto demonstra uma das funções que o funk acabou trazendo para si: abriu espaço e oportunidades para estas pessoas. Desde os anos 90, pouco se viu no rock e muito menos no metal discussões acerca das pessoas homossexuais e travestis, além das mulheres servirem como fetiches que atendem ao gosto masculino. Rob Halford e Gaahl são dois homossexuais assumidos dentro da cena, mas isto não colaborou para torna-la mais aberta a este tipo de pessoa.