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Conversamos com Luca Scalabrin, baixista da banda italiana Altair, que nos contou um pouco sobre a grupo, o novo álbum e como tem sido a transição do Power Metal para uma sonoridade mais progressiva. Confira nosso papo abaixo.
GroundCast: Para começar, vocês podem nos contar um pouco da história de vocês?
Luca Scalabrin: Olá Groundcast! Bom, não tem muito o que contar, para te falar a verdade. Somos uma banda de Power/Prog e nosso primeiro CD (Lost Eden) foi lançado em 2013. Tocamos em vários clubes e festivais pela Itália, dividimos o palco com nomes como Freedom Call, Fabio Lione, Trick or Treat, Kaledon, Vanexa, Sabotage e um festival em Kiev que tocamos com Blind Guardian e Rotinha Christ. Em outubro de 2016 após algumas mudanças no estilo e na formação começamos a gravar o álbum “Descending: A Devilish Comedy”. Esse disco mostra um som bem mais moderno e diferente dos nossos primeiros trabalhos. Trata-se de um álbum conceitual acerca dos círculos infernais que existem apenas em nossas mentes, onde todos os medos, virtudes e o lado negro do ser humano são mostrados como uma tragédia dramática.
GroundCast: Quais são as suas influências?
Luca Scalabrin: Temos muitas influências que foram adquiridas durante nossa trajetória. Em nosso primeiro álbum posso nomear bandas como Helloween, Gamma Ray, Edguy e Avantasia, mas no nosso segundo lançamento as coisas vão mais para o lado do Symphony X e do Masterplan.
GroundCast: Em 2013 vocês lançaram o “Lost Eden” e agora, em 2017, o “Descending: A Devlish Comedy”. O que mudou na banda nesse tempo?
Luca Scalabrin: Muitas coisas. Tivemos que encontrar um novo baterista e guitarrista nesse período, pois o baterista anterior não tinha a técnica necessária para tocar na banda e o antigo guitarrista tinha algumas incompatibilidades musicais conosco. Isso fez com que as composições surgissem de forma muito lenta. Mas, por sorte, encontramos novos músicos em 2014 e conseguimos firmar uma formação para começar a produzir o nosso novo álbum.
GroundCast: Pode nos conter um pouco do novo disco?
Luca Scalabrin: Certamente as pessoas ouvirão algo diferente no som (assim eu espero), pois nós quase abandonamos o Power Metal. Acredito que fãs de Prog Metal encontrarão algo interessante nessa nossa nova empreitada.
GroundCast: Como você mesmo disse, a banda começou como power metal (mesmo que agora seja mais prog). Como vocês fizeram para que não fossem comparados com o Rhapsody of Fire?
Luca Scalabrin: Não apenas pelo som, mas também pelas letras. Enquanto a maioria das bandas de Power Metal façam de fantasia, preferimos criar alegorias sobre sentimentos e medos.
GroundCast: Como vocês começam a composição de um disco novo, tem algum compositor principal ou vocês começam pelas letras primeiros?
Luca Scalabrin: Normalmente eu começo com o instrumental (sim, eu sou o mestre compositor da banda e acredite em mim quando digo que esse é um trabalho bem difícil, hahaha) e então decidimos escrever as letras, mas sempre começamos com um riff pesado.
GroundCast: Acredito que a capa do disco é tão importante quando as composições, vocês têm algum artista preferido. As capas dos seus álbuns foram feitas por algum artista conhecido ou vocês contrataram diferentes artistas para cada uma delas?
Luca Scalabrin: Concordo contigo, as capas são extremamente importantes. A gente não tem uma preferência por esse ou aquele artista e hoje em dia é possível encontrar excelentes pessoas que quase ninguém conhece, com trabalhos de tanta qualidade quanto os de grandes artistas. Apoiamos o underground e por isso nossas capas foram feitas por dois artistas desconhecidos.
GroundCast: Eu tenho que perguntar isso: a banda se chama Altair e esse nome teria ligação com a série de games Assassin’s Creed ou alguma outra razão?
Luca Scalabrin: Essa foi uma tremenda encheção de saco para nós hahahaha. Pegamos o nome da estrela Altair, que é uma das mais rápidas em nossa galáxia (rápida e power metal são uma grande combinação, certo?) e escolhemos esse nome no verão de 2008 e, alguns meses depois, o primeiro jogo Assassin’s Creed apareceu para o mundo, mas nós decidimos manter o nome e foda-se!
GroundCast: Estamos na era da internet e sabemos como é fácil para as pessoas baixar músicas de forma ilegal, mesmo países como a Alemanha – que pune de forma severa as pessoas que baixam conteúdo ilegal – não estamos seguros de coisas assim. O que vocês pensam sobre isso e qual o seu posicionamento sobre os serviços de streaming?
Luca Scalabrin: Não tem muito o que fazer sobre essa questão, mas sempre tentamos colocar nossa música no topo.
GroundCast: Como é a cena metal italiana?
Luca Scalabrin: Essa é a pergunta que todo o italiano ODEIA responder. Somos parte da cena nacional, mas não nos sentimos bem com isso. Itália não é um país que apoia a cena Underground, nós apenas adoramos bandas famosas, mas as bandas pequenas que têm potencial precisam percorrer um longo caminho.
GroundCast: Quais os planos futuros da banda?
Luca Scalabrin: Estamos preparando muitas novidades, mas isso acontecerá no fim do verão [nota de tradução: no caso, fim do inverno aqui no Brasil].
GroundCast: Obrigado pela entrevista, agora o espaço é de vocês para falar algo para nossos leitores.
Luca Scalabrin: Muito obrigado pela oportunidade. Estamos muito felizes com os reviews positivos do nosso mais recente trabalho e esperamos mesmo que as pessoas apreciem. Depositamos tanto tempo para produzir e deixar tudo certo e esse é o modo que vemos que valeu a pena. Fiquem atentos para as novidades.
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