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A Alemanha sempre ofereceu muito para o heavy metal, seja de forma local ou internacional. Battlesword é um bom exemplo de que ainda temos muito a explorar dentro do cenário alemão de música extrema. A banda toca seu death metal melódico de forma competente e de forma que não soa enjoativo (como normalmente acontece com o estilo). Conversamos com o vocalista Axel que de forma muito amigável nos contou um pouco sobre a banda e os planos futuros.
GroundCast: Para começarmos, você poderia nos contar um pouco da história da banda?
Axel: Primeiramente deixe-me lhe agradecer por nos dar essa oportunidade, isso significa muito para nós.
Nosso baterista Andres, seu irmão Michael e nosso guitarrista Björn tocaram juntos emu ma banda de Hardcore chamada Bloodstring. Mas com o tempo eles sentiram que queriam tocar algo mais puxado para o Death Metal escandinavo e Battlesword foi criada para que eles tivessem a chance de tocar esse tipo de som. Quando a formação estava completa a primeira demo “Crusade of Steel” em 2001 foi lançada. Logo após o álbum “Failing in Triumph” veio ao mundo.
A banda teve muita sorte de encontrar um selo rapidamente, o que tornou possível o lançamento do material e tocarem ao vivo. Infelizmente a banda sofreu muitas mudanças na formação desde então e muitas delas na fase de composição ou lançamento de um novo material. Em 2008, Ralf, Ben e eu nos juntamos a eles e lançamos a nossa demo “The 13th Black Crusade” e começamos a tocar ao vivo novamente, mas em 2009 tivemos que enfrentar novamente uma mudança na formação, Ralf deixou a banda e tivemos que encontrar um guitarrista novo e felizmente encontramos um bem rápido.
Quando vimos que tínhamos bastante material para lançar algo novo “Banners of Destruction” tomou vida em 2016 e no começo de 2017 ambos os guitarristas saíram da banda e tivemos que novamente procurar novos membros. Encontramos dois novos membros, mas tivemos que nos focar nas apresentações ao vivo que já estavam marcadas e agora pensamos em novas composições para um novo capítulo em nossas história.
GroundCast: Quais são as suas influências?
Axel: Como tocamos melodic death metal e combinamos isso com outros estilos, vocês vão poder encontrar traços de heavy metal tradicional nas nossas músicas, mas essa não é a principal influência, nós gostamos mais de trabalhar em ideias e procuramos compor algo que soe bom para os nossos ouvidos. Nossos guitarristas muitas vezes trazem riffs ou ideias especiais para os ensaios e pode acontecer de termos músicas completas logo de cara.
Cada um de nós gosta de uma variedade de estilos e não estamos limitados apenas ao que tocamos, mas o que nos une é o melodic death metal, principalmente o tocado pelas bandas da escandinavia.
Para as letras eu me inspiro em muitos caminhos, as vezes eu me baseio em literatura ou em algum filme que eu goste e algumas vezes em experiências pessoais. Para mim é importante contar pequenas histórias e que podem ter várias interpretrações.
GroundCast: A banda foi formada em 99 e com um pouco de pesquisa eu vi que lançaram uma demo em 2001 (Crusader of Steel), um álbum em 2003 (Failing in Triumph), uma nova demo em 2008 (The 13th Black Crusade) e então em 2016 um novo álbum. Pode nos explicar com detalhes os motivos de precisarem de 8 anos para lançar um novo disco?
Axel: Não somos uma banda que escreve músicas de forma rápida (e aos montes). Esse processo é muitas vezes interrompido por problemas de saúde dos membros ou outros problemas pessoais. Então precisamos de um bom tempo para ter material suficiente para gravar. Também tivemos problemas nas gravações e isso nos atrasaou pelo menos mais um ano, mas finalmente nós conseguimos lançar o disco Banners of Destruction. Em 2012 lançamos de forma digital as músicas “Enemy Divine” e “Where Demons Awake” para mostrar ao mundo que ainda estamos vivos. Nós as regravamos e colocamos como demos no último disco.
GroundCast: Quais as mudanças em vocês como banda desde a fundação? Não falo de formações, mas como banda em um todo, como vocês enxergam essa evolução?
Axel: Acredito que criamos nosso estilo e ideias ao longo de todos esses anos. Para nós o foco sempre vai ser na música e não em uma imagem. Somos honestos e autênticos e isto é o que os fãs devem ver e sentir. Ainda somos os headbangers que querem tocar e ter boas memórias no palco. Também é importante termos um bom espirito e a amizade dentro da banda.
GroundCast: Eu moro na Alemanha desde 2014 e sempre escuto e leio como a cena metal aqui é ativa, viva, mas na opinião de vocês o que deveria mudar?
Axel: Não acredito que a cena seja boa como era antigamento, desde que metal se tornou uma mercadoria as coisas tem ficado cada vez piores. Temos muitas bandas, mas muitas mesmo e claro as modas. E eu nem estou contando a quantidade de imbecis inseridos nessa cena. Muitos locais tiveram que fechar suas portas e isso tornou mais difícil você conseguir um espaço para tocar. Acredito porém que, o trabalho duro e quando você faz algo honestamente sempre prevalecerá.
GroundCast: Vivemos na era da internet e mesmo países como a Alemanha, que tem penas severas (podendo passar de 1000 euros) caso você seja pego baixando algo ilegalmente, não vão conseguir parar isso de alguma forma. Vocês acreditam que isso mais ajuda ou prejudica?
Axel: Eu pessoalmente não gosto de baixar material, para mim isso soa superficial e morto. É um desrespeito baixar algo ilegalmente e isso mostra o quanto você não aprecia o trabalho dos artistas envolvidos para criar algo que você aprecia. Para um fanático por música como eu, o disco ou o vinil, sempre vai ter uma sensação melhor e sem contar a arte envolvida. Para mim é claro que eu devo pagar por essa peça artística.
A música digital ajuda na forma de que as pessoas te conheçam e talvez comprem o material.
GroundCast: Quais são os planos para 2018?
Axel: Já começamos a compor para o novo álbum e mesmo com dois novos guitarristas, acredito que nossos fão ficaram felizes com o que está por vir. Esperamos escontrar um selo para lançar o nosso disco alguém que nos ajude com as turnês. Tocaremos no Metaldays Open Air na Eslovênia e talvez possamos tocar em alguns locais da Europa.
GroundCast: Obrigado pela entrevista, agora o espaço é seu para que diga algo aos nossos leitores.
Axel: Obrigado por seu interesse e suporte, se alguém ficar curioso com o nosso som, nós amaríamos que essa pessoa olhe nosso facebook, deixe um like ou nos envie uma mensagem com o feedback. Nunca deixar de ajudar as bandas da sua cena underground