Fernando, dono do projeto de electro-industrial Nahtaivel, um grande amigo meu e do Groundcast, aceitou meu convite para fazer uma lista com os dez discos que ele curtiu no ano e comentou. Leia e veja se concordam ou não com o rapaz.
Daft Punk – Random Access Memories
Para mim este foi o melhor lançamento deste ano. Independentemente de ser eletrônico, pop, ou o que for, é sempre bom escutar um álbum feito com tanto apreço, qualidade técnica e artística. O álbum evoca uma atmosfera dos anos 70 e a gravação é impecável, uma aula para qualquer produtor musical e um tapa na cara nos participantes da LOUDNESS WAR (Rick Rubin e afins…)
Kavinsky – OutRun
Se você cresceu nos anos 80, mesmo que você não goste de música eletrônica, este álbum pode evocar muitas lembranças. É como assistir ao filme The Wraith, jogar Atari e Nintendinho. Um álbum repleto de Yamahas DX7 e que parece ter ficado guardado em algum canto por 25 anos. Excelente.
Carcass – Surgical Steel
Um dos melhores CDs de retorno já lançado. Soa para mim como uma mistura entre Heartwork e Necroticism. Vicia desde a primeira audição e é interessante do começo ao fim. Espero que seja só o primeiro de muitos desta nova fase do grupo.
Ghost – Infestissumam
Este álbum mostrou que o Ghost veio pra ficar. Das novas bandas de metal ela é minha preferida. Consegui ver dois shows deles este ano, sendo que um foi em um casarão bem antigo junto com umas 500 pessoas apenas. As músicas são simples mas com melodias e atmosfera que prenderam minha atenção desde a primeira vez que ouvi. Fiquei viciado em Ghost e ouço o tempo todo. Para mim é a banda mais interessante que surgiu nos últimos 10 ou 15 anos.
Skinny Puppy – Weapon
Ótimo disco que por muitas vezes me faz lembrar de seus álbuns dos anos 80 e início dos 90. O melhor desde que retornaram com The Greater Wrong of the Right.
Front Line Assembly – Echogenetic
Para mim este foi o melhor álbum lançado no meio industrial/EBM que escutei este ano, e o melhor do Frontline em muitos anos. Colocaram bastante influência de dubstep, o que já tinha ocorrido no álbum anterior, uma ótima trilha sonora instrumental. Apesar desta influência estar bem perceptível neste álbum, eles utilizaram de uma forma que ficou bem condizente com a música da banda.
Depeche Mode – Delta Machine
Com muita influência de blues e soul, este álbum segue mais ou menos na linha dos dois últimos, utilizando o mesmo produtor e, de acordo com a banda, fechando uma trilogia. Um ótimo álbum para os amantes de synths analógicos. Não fica entre os melhores da banda, mas o Depeche nunca lança um álbum ruim. Minha banda eletrônica favorita, este ano realizei o sonho de vê-los ao vivo. Experiência incrível!
Black Sabbath – 13
Outro ótimo álbum de retorno. As músicas são longas, sinistra e lentas. Tudo o que eu esperava de um novo álbum do Sabbath com o Ozzy no vocal. O único problema é a produção do Rick Rubin, que deixa a masterização alta demais, sem nenhuma dinâmica e distorcida, mesmo problema que ele causou nos últimos álbuns do SLAYER e METALLICA, ele devia ser preso.
Steven Wilson – The Raven That Refused to Sing (And Other Stories)
O melhor álbum da carreira solo do Steven Wilson, até melhor que o ultimo do PORCUPINE TREE. Excelente álbum para qualquer fã de rock progressivo e boa música em geral. A produção é de alto nível, como em tudo que ele bota a mão. Recomendo também escutar as remixagens surround que ele está fazendo para o KING CRIMSON, ELP e YES, está dando nova vida a clássicos do progressivo dos anos 70.
Deicide – In the Minds of Evil
Para mim este é o melhor álbum do Deicide desde o Serpents of the Light. O álbum que eles estavam devendo. Os riffs são muito bons e cheios de groove, a gravação é muito boa apesar da bateria um tanto sintética (um mal no heavy metal atual) e Glen Benton está rugindo muito. Um grande álbum de death metal.
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Fernando Nahtaivel é músico, já tendo participado das bandas Insane Devotion, A Tribute to the Plague, Evilwar e Reverennce, além de convidado por grupos como Murder Rape, Necrotério e Scorner. Atualmente comanda seu projeto solo de electro-industrial, o Nahtaivel.
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