Diferenciando o gótico do metal
Graças a uma imprensa mal informada e a uma mídia especializada muito ruim, o rótulo gothic metal passou a ser considerado como parte e evolução da música gótica (especialmente o gothic rock). E também com o surgimento de grupos góticos com influência de metal, tais como Dryland, Garden of Delight, Dreadful Shadows, Seraphim Shock, entre outras, ajudou ainda mais a manter este estado de confusão.
O gothic metal nunca fez parte da sonoridade gótica ou mesmo da subcultura, mesmo com eventos como a Castle Party e a Gotik Treffen trazendo alguns trabalhos do estilo para composição dos seus lineups. Contudo, isto não significa uma incorporação ou evolução de um pelo outro, mantendo seus públicos afastados. A cena gótica no Brasil sofreu muito com isto, com eventos de metal sendo vendidos como pertencentes a uma outra cena. Esta prática se mantém até hoje, entretanto, há um canal de informação maior e melhor com o público e até mesmo eventos específicos para os góticos, como o projeto Absinthe e o Deepland.
O gótico influenciando outros estilos dentro do metal
Nem tudo no metal influenciado pelo gótico se tornou obrigatoriamente gothic metal. O Anathema, um dos grandes nomes do doom/death, namorou um pouco os anos 80 em algumas músicas, como a Sleepless. O Katatonia possui marcas mais “góticas” a partir do “Tonight’s Decision”, embora tenha ido para um lado mais próximo do rock alternativo.
O My Dying Bride, desde o “As the Flower Withers”, demonstra forte presença do Ethereal nos vocais e nos climas atmosféricos, que conferem um ar mais triste e melancólico e em “34.788%…Complete”, muito criticado pelos fãs mais ortodoxos, é quase um disco de gothic rock com elementos de doom metal.