[Resenha] These Curious Toughts – Xrays of Imagination (2017)

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1. Xrays of the Imagination

2. When Our Heroes Die
3. Spaceship Girl
4. I Sit in Silence
5. Madman and Genius
6. Surrounded by Roses
7. Spaghetti for My Yeti
8. Willy Wonka of the Vinyl World

Folk Rock / Progressivo / Experimental, Viaduct Records

Faz uns bons anos que eu conheço o These Curious Toughts, sobretudo por conta do sempre excelente e carismático Jim Radford, que é o letrista da banda. Se você não conhece o grupo, está perdendo muito tempo. Eles fazem uma mistura bem legal de folk rock com psicodélico e também com progressivo. Tudo isso numa proposta de fazer um som bastante gostoso de ouvir, ao mesmo tempo que intenso. Os ritmos que influenciam cada uma das músicas estão conectados com as letras e com a ideia central, oferecendo melodias que vão do krautrock ao acid rock.

Em seus mais de sete minutos a faixa Xrays of the Imagination apresenta uma curiosa mistura de folk rock setentista com alguma coisa de acid rock. É uma faixa que muda constantemente de ritmo, lembrando em alguns bons momentos o Pain of Salvation. Saindo um pouco do folk e apostando um bocado no post-punk, When Our Heroes Die é uma música mais introspectiva, com um ritmo mais melancólico, com um quê de David Bowie, mudando no meio da música para um ritmo bem mais voltado ao funk na linha do James Brown. A faixa seguinte e também a minha favorita deste trabalho, Spaceship Girl, tem muito de jazz com o chamado art rock. É uma música complexa, que também singra para o krautrock em alguns momentos, tudo com experimentalismo. I Sit in Silence volta a trazer introspecção, sendo possível notar muitas influências de Pink Floyd e também do R.E.M.

Uma bela abertura acústica nos introduz a Madman and Genius, remetendo a características de neofolk que existem nos trabalhos anteriores. Com muita psicodelia setentista Surrounded by Roses chega, trazendo funk, jazz, prog rock, mais ou menos como o grande mestre Steven Wilson faz em alguns trabalhos. É uma bela canção, muito envolvente, que depois dá lugar ao new wave de Spaghetti for My Yeti. Tem um bocado de referências ao New Order, o que é muito bom. Como forma de fechar o disco, Willy Wonka of the Vinyl World é a música mais “normal” dentro desta obra. Dá pra sentir muitas referências ao Marillion e a muito do prog rock britânico.

No geral, é um bom disco e também melhor ainda se você puder prestar atenção nas letras. Jim Radford dá um tom extremamente non-sense ao conjunto, com ideias que fazem um excelente tributo ao rock setentista. Portanto, é uma boa pedida este disco, você precisa escutá-lo


Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.