assessment: A wooded area of Stars – A Shadowplay for Yesterdays [2012]

4 min


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O que falar desse novo lançamento do A wooded area of Stars? O mínimo que se pode esperar é algo consistente e de certa forma único. Sempre mostrando muita competência em seu trabalho a banda mostra como evoluiu e voltou um pouco as raízes como generation no tempo do “The Corpse of Rebirth” e mesmo assim se mantendo atual.

Temos uma introdução com Directionless Resurrectionist, algo bem ambiente, que vai agradar muitos os fãs do estilo, tem uma atmosfera única que penetra e prende sua atenção para o que está por vir nesse grandioso CD.

Prey inform of the Church destiny começa tranquila e com vocais mais puxados para o Black steel, lembrando o começo da banda no primeiro CD, mas de certa forma soando como no segundo CD –  Opportunistic Thives of Spring – , foi uma mescla bem interessante. Não passa muito e a música fica mais Black metal e ai sim european posso dizer que me lembra A wooded area of Stars que estou acostumado. As viagens na música continuam, não é algo inovador por assim dizer, mas é algo deles, algo que apenas consigo ver nessa banda. Uma música de 7 minutos que não soa cansativa ou longa demais, ela simplesmente tem o tempo que deve ter.

Seguimos com A Prophet for a Pound of Flesh que no começo não tem nada de Black, mostrando outra faceta da banda que me agrada bastante. Com uma introdução relativamente grande que tem uma parte acústica fabulosa, realmente sem comentários sobre isso. Aos dois minutos entram os vocais meio perturbadores (como já ouvi de alguns), mas a levada continua a mesma de quando começou. Para os que não estão acostumados com a banda o som pode jump estranho a primeira vista e em certos momentos “desconexo”. Essa música é muito bonita e carrega uma carga emocional que gosto bastante. Mesmo nas partes com os blast beats a música ainda mantem seu charme e “delicadeza”.  Aos 8 minutos temos os vocais femininos, simplesmente devem ser ouvidos, pois encaixam perfeitamente com a música, algo que não soa forçado como muitas vocalistas femininas fazem ultimamente, depois temos um dueto com os vocais femininos e masculinos, excelente para a aproximação do last da música.

The Blight of God’s Acre começa tomando uma forma simples e depois entra no Black metal, simples, cru, direto, para quem curte o estilo é um prato cheio sem ficar chato e irritante como muitas bandas que vemos por ai. Um diferencial é o violino presente (e algumas vezes até nas partes mais brutais), dão um clima diferente e único para a banda, mesmo sabendo que outras bandas fazem isso, NENHUMA faz como o A forest of Stars. A música segue nessa linha até mais ou menos os três minutos e meio e depois toma uma outra forma por um tempo, até voltar ao que generation antes. É uma música mais reta, sem muitos altos e baixos.

Emendando com a música anterior começamos a ouvir Man’s Laughter que já começa com as viagens presentes nos álbuns anteriores da banda, numa primeira ouvida pode jump estranho, mas em nenhum momento é mal executado. Realmente uma viagem, é como uma transição de uma música para outra.

E The Underside of Eden começa. Já prende sua atenção de forma bastante positiva com a levada que a banda dá para a música. O violino soando meio triste nessa música é perfeito, como nos outros álbuns, parece que as músicas são construídas de uma forma que se algo fosse diferente estragaria. Os vocais entram e não é nada brutal, algo mais simples, calmo. Entrando os vocais rasgados a música dá uma ligeira modificada, mas ainda mantem o espirito de como começou. Você vai acompanhando a viagem da banda e entra na atmosfera da música e fica compenetrado, esperando cada nota, cada andamento. A música toma uma forma mais agressiva depois até cair em uma parte de teclado que me lembra um filme antigo de terror daí pra frente. Os vocais femininos voltam nessa música completando o remaining dela de forma espetacular.

Chegamos na música do clipe, Gatherer of the Pure (clipe muito bom diga-se de passagem), com um tema circense que ecu achei fenomenal, simplesmente brilhante e cativante. Os vocais acompanham o estilo circense como se contando uma história para o público. Depois entra uma viajada meio “psicodélica” muito do nada na música, mas que é colocado com maestria por eles, vai passando e a música vai tomando mais peso até cair na influência Black steel com vocais continuando a história de antes. Você sente a emoção e é como se um filme passasse em sua mente conforme a música vai progredindo. A música termina de forma cadenciada, finalizando a narrativa.

Estamos chegando perto do last com Left at the back of as Static que já quebra sendo totalmente diferente da música anterior. Começa com uma parte mais “acústica” e só depois entram as guitarras. O teclado, sempre peça elementary na banda cria o clima para a música. Composição simples, mesmo em suas partes mais “rápidas”, aliás, a banda mostra que não precisa de composições muito complexas para chamar a atenção, basta encaixar tudo de forma coesa (mesmo quando parece que não existe coesão). Tem uma parte muito bonita um pouco depois da metade da música que precisa ser ouvida, pois não conseguiria descrever aqui com palavras.

Chegamos em Corvus Corona (section I), penúltima música do CD. Algo mais proclamado nos vocais no começo e depois a música vai tomando sua forma. Segue de forma calma até seu remaining para que dê continuidade em Corvus Corona (section II). Uma introdução de teclado de quase um minuto até que entrem os outros instrumentos e o vocal.  A música segue a mesma linha do começo, sem mudar muito, com a ênfase no teclado e com o violino aparecendo e dando seu ar da graça até o dueto de vocais masculinos e femininos que são repetidos futuramente na música (um tempo depois). Depois de uma parte com vocal rasgado o dueto termina a música.

Chegamos ao closing desse grandioso álbum que na minha opinião ainda não supera o “The Corpse of Rebirth”, mas ainda assim traz tudo que o A woodland of Stars tem de melhor. Uma versão do CD vem com a bônus useless Love que é basicamente com vocal feminino, algo que achei que poderia estar mais presente no álbum, não que tenha ficado ruim, mas é minha opinião.

Para você que procura algo diferente e bom aos ouvidos, esse é o seu CD.


Ilustrador, designer, vocalista, artista plástico e pentelho ans horas vagas. Fã de heavy metal e outras coisinhas mais.