[Review] Chaos Synopsis – The Art of Killing (2013)

2 min


0
art-of-killing
1. Son of Light 04:28
2. Vampire of Hanover 03:49
3. Rostov Ripper 04:17
4. Bay Harbor Butcher 03:40
5. Demon Midwife 02:50
6. Red Spider 03:37
7. Zodiac 03:17
8. B.T.K. (Bind, Torture, Kill) 04:13
9. Monster of the Andes 03:20
10. Art of Killing 06:18

 

Faz um tempinho que eu entrevistei a galera do Chaos Synopsis (caso não tenha escutado nosso excelente podcast, recomendo clicar aqui).  Na época a gente tinha comentado sobre o outro trabalho, o sensacional Seasons in Red. Então vamos trazer aqui uma análise do  segundo trabalho, sucessor de Kvlt ov Dementia, lançado em 2009.

A fórmula do grupo é simples: apostam num death/trash bastante técnico e competente, com muito bumbo duplo e viradas que remetem a grandes ícones como Slayer e Exodus. É um som muito limpo, muito claro, intercalado com o uso constante de blast beats e uma voz gritada bastante enérgica do Jairo. É uma porrada atrás de outra, com o intuito de mostrar a história de assassinos em série que trazem o motivo do Art of Killing (A Arte do Assassinato).

Son of Light abre o trabalho de forma bastante convincente, com uma estrutura bem thrashy por assim dizer. O tema dessa música é o assassino conhecido como Febrônio Índio do Brasil, famoso por se auto-entitular como “Filho da Luz”, cujo intento era atacar jovens e marcá-los com tatuagens purificadoras. Tem um quê de Morbid Angel durante o andamento, que chama muito a atenção, visto que é pouco comum bandas do gênero trazerem esse tipo de influência.

Fritz Haarmann, o vampiro de Hannover, empresta sua história para a segunda faixa do trabalho, Vampire of Hannover, conhecido por sugar o sangue de suas vítimas e vender suas carnes como se fossem de porco ou cavalo. Musicalmente temos uma faixa inferior à primeira, talvez por ela não ter o mesmo peso ou impacto ou por trazer uma musicalidade mais próxima do thrash europeu. Contudo, ainda temos uma boa música, com bons elementos de metal.

Rostov Ripper fala sobre o ucraniano Andrei Romanovich Chikatilo, ex-professor que matou mais de cinquenta pessoas, sendo o primeiro serial killer da história da União Soviética. Ele matava e canibalizava suas vítimas, todas elas jovens menores de idade. Do ponto de vista musical, continua a mesma linha da canção anterior, o que talvez não cause muita surpresa ao ouvinte.

Bay Harbor Butcher vai falar do serial killer americano Dexter Morgan, da série televisiva e de literatura Dexter. Musicalmente começa bem, diferenciando-se das músicas seguintes. Demon Midwife fala do japonês  Miyuki Ishikawa, também chamado de Parteira do Diabo, pois seu modus operandi incluía matar crianças. Mais uma vez temos o Chaos Synopsys reciclando fórmulas já escutadas nas músicas anteriores, assim como vai acontecer em Red Spider, dedicada ao polonês Lucjan Staniak.

O assassino Zodíaco, que ficou famoso por conta do cinema, aparece em Zodiac, onde o grupo procura resgatar um pouco do thrash anos 80 e faz um belo tributo ao Exodus. B.T.K., sigla para o assassino Dennis Rader, repete as mesmas características de algumas músicas anteriores. É boa, mas começa a mostrar que o disco fica cansativo ou talvez pareça pouco inspirado. Monster of the Andes traz um ar de frescor ao disco, com um baixo marcado e dessa vez fazendo um pelo thrash estilo bay área. O disco termina com Art of Killing, sem sombra de dúvidas a melhor música deste trabalho. Puramente instrumento, ela mostra que a banda tem um potencial criativo muito grande, trazendo inclusive um violino, mesclado com um heavy metal dos bons.

No saldo geral, é um bom trabalho, bem produzido, bem feito e bem arrumado. Peca por cair excessivamente nos clichês do thrash e no death metal, faltando um pouco de inspiração. É um disco que cansa um pouco pela repetição de diversos elementos. E vale a pena ouvir este disco do começo ao fim, com certeza você não vai se arrepender.

Links Relacionados

http://www.facebook.com/chaossynopsisbr

http://www.reverbnation.com/chaossynopsis

http://www.youtube.com/chaossynopsis

Dunna Records (Assessoria de Imprensa)


Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.