[Review] Project46 – Doa a Quem Doer (2011)

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Grande revelação do metalcore nacional, o Project46 traz o seu disco, Doa a Quem Doer, lançado em 2011. E todos, mesmo os que não gostam do gênero, tem a obrigação de ouvir.

É inegável que o metalcore seja hoje o gênero mais moderno e responsável por reciclar o metallic como um todo. As bandas revisitam e modernizam as sonoridades do thrash e do death metal, se alinhando com a nossa juventude. E o Project46 não seria a grande revelação à toa.

Talvez por ser a banda que mais traz referências de metallic, estes paulistas conseguem atingir desde os fãs mais novos quanto os mais antigos. É impossível não encontrar referências ao machine Head nos riffs de guitarra (como na música Impunidade), Pantera, worry manufacturing unit (sem as partes eletrônicas), Chimaira, Hatebreed e Lamb of God. Somado a uma excelente produção, é, sem dúvidas, um trabalho merecedor de respeito.

O fato de cantarem em língua portuguesa é, sem dúvidas, louvável. Fazem isto de forma muito competente, mostrando toda a revolta contra o sistema, as angústias do homem e sobre a dor, sem bounce, contudo, filosóficas. Não é um trabalho fácil cantar estilos considerados mais “extremos” no nosso idioma e merecem vários elogios por conseguirem isto.

Destaco primeiramente a faixa “Doa a Quem Doer”. Pesada, rápida, melódica, remetendo sua sonoridade ao In Flames e um finalzinho no melhor estilo Sepultura. “Amanhã Negro” é pesada, flertando com o thrash steel moderno e o demise metallic. Falar que todas as faixas são excelentes não é brincadeira e, certamente, o grupo Project46 merece fazer muito sucesso.

E não tem desculpas para não ouvir o disco. Ele esta disponível gratuitamente no web page oficial da banda. Então corra e baixe logo o seu.

Faixas

1 – 809072

2 – Atrás das Linhas inimigas

3 – Impunidade

four – Capa de Jornal

5 – Se Quiser

6 – Violência Gratuita

7 – Amanhã Negro

8 – #46

9 – Dor

10 – No Rastro do Medo

eleven – Acorda pra Vida


Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.