ROTZE Anuncia Álbum de Estreia com Coletânea Ousada e Irônica para Março

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A dupla alemã ROTZE, formada pelos irmãos Robert (Bremen) e Mattze (Hamburgo), está pronta para sacudir a cena musical com seu primeiro álbum, “THE GREATEST CHRONICLES OF THE COMPLETE ANTHOLOGY OF ROTZE ESSENTIALS – PLATINUM COLLECTION EDITION – YEARS 2023–2024”, previsto para 7 de março. Mais do que uma estreia, o trabalho é uma compilação de faixas que resumem a essência crua e satírica do projeto, mesclando eletrônico caótico, letras ácidas e batidas que desafiam convenções.

Com influências de nomes como Deichkind e Sleaford Mods, o som do ROTZE é descrito como “electro-punk sem concessões” — uma combinação de humor negro, crítica social e energia ininterrupta. Apesar da distância geográfica, os irmãos dividem tarefas com precisão: Robert cria as bases rítmicas e escreve as letras, enquanto Mattze entrega melodias e vocais que transitam entre o sarcasmo e a provocação.

O título extenso do álbum é parte da ironia que permeia o projeto. “É como se já fôssemos uma lenda compilando nossos ‘maiores sucessos’ depois de apenas dois anos”, brinca Mattze, que também integra a banda indie Palila (com terceiro álbum em 2025) e o projeto solo Would (que lança dois trabalhos em 2024). As 17 faixas, incluindo “Zombieapokalypsenjesus” e “Nachts im Freibad”, abordam temas como procrastinação, pressão pelo bem-estar e até pragas de jardim (“Der Buchsbaumzünsler”), tudo envolto em um caos sonoro deliberado.

ROTZE mira uma geração que ri para não chorar, usando o electro-punk como arma contra a superficialidade. As letras, escritas a quatro mãos pelos irmãos, funcionam como comentários sociais disfarçados de sátira — perfeitos para quem busca música que desafie as normas sem perder o senso de humor.

O álbum inclui pérolas como “Wegbier” (hino improvisado para bebidas em movimento), “Wellnesszwang” (crítica à indústria do bem-estar) e “Keine Ahnung” (“Não Sei”, em alemão), fechando com uma ambiguidade típica da dupla. Todas as faixas são autoria de Robert e Matthias Schwettmann, reforçando a identidade DIY do projeto.


Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.