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SMORRAH é uma banda de Groove Thrash Metal originária de Gelsenkirchen, Alemanha, que vem conquistando o cenário underground desde sua formação em 2017. Influenciada pela rica herança da classe trabalhadora de sua cidade natal, conhecida por sua história na mineração de carvão, traz um som agressivo e sujo, refletindo suas raízes e experiências de vida. Entrevistamos Marius Wegener, vocalista e fundador do grupo.
Podemos começar nos contando um pouco sobre você e como decidiu entrar no mundo da música pesada?
Marius: Olá e muito obrigado por nos receber! Somos a SMORRAH, de Gelsenkirchen, Alemanha, tocamos uma mistura suja e agressiva de Thrash, Death e Groove Metal. Começamos nossas primeiras bandas há 20 anos e, em 2017, decidimos seguir com uma nova banda, aí nasceu a SMORRAH. Tocar em uma banda de metal foi algo natural pra gente, já que todos nós curtimos música pesada desde muito jovens. Boas lembranças daquela época, e esperamos criar muitas mais.
De onde vem o nome Smorrah? Acho muito legal, soa único e tem uma vibe interessante.
Marius: O nome vem de um mito local sobre um demônio feminino chamado “Smorra”. Ela sufoca as pessoas durante a paralisia do sono, mas não quer matá-las. É uma história contada pelos mineiros da nossa região há gerações, e mantemos essa herança viva com o nome da banda.
Quais bandas ou artistas mais influenciaram o som da Smorrah? Percebo uma alusão ao “thrash metal moderno”, mas também uma vibe forte de heavy metal.
Pumper: Cada um de nós é influenciado por várias bandas de diferentes gêneros e subgêneros do metal. Quando falamos de influências que você pode ouvir na nossa música, prefiro deixar os ouvintes decidirem. Pessoalmente, na hora de tocar guitarra e compor riffs, fui muito influenciado por bandas como Metallica, Pantera, Slayer, Sepultura, Exodus, Exhorder, Crowbar, Death, Bolt Thrower, Meshuggah e várias outras.
Como a história e a cultura de Gelsenkirchen influenciam a música e a estética da banda?
Raphael: Acho que a história da classe trabalhadora de Gelsenkirchen nos influencia bastante. Trabalhamos duro nos shows também. Na música “Buried Underneath” falamos sobre a história da mineração de carvão, que é muito conhecida na nossa cidade.
Como foi trabalhar com Michael Streckbein no Vyrah Studios para produzir “Welcome To Your Nightmare”? Pergunto porque achei a produção incrível, traz todo o peso e força do grupo, mas ainda mantém uma música bem limpa e bem produzida.
Marius: Ficamos muito felizes com o som do álbum. Queríamos algo super pesado, mas que também soasse como no nosso estúdio de ensaio. Michael fez um trabalho incrível.
O que inspirou a escolha de uma mina de carvão como cenário do clipe de “Buried Underneath”? Como foi a experiência de filmar em um lugar tão único e cheio de história?
Pumper: Pra ser sincero, não era uma mina de carvão de verdade, mas sim uma instalação de treinamento para bombeiros especializados em minas. Mas é super realista e parece muito com uma mina de verdade. Escolhemos esse lugar porque a letra fala de um acidente trágico numa mina, então ficamos empolgados em ter um cenário tão autêntico para o clipe.
Como você vê a cena do metal underground na Alemanha hoje? Tenho recebido muito material interessante de bandas de diferentes estilos, e fico feliz de ver que não é só power e black metal, mas que há um interesse genuíno em bandas que fazem coisas diferentes.
Pumper: Pelo que vejo, a cena está crescendo constantemente, especialmente na nossa área. Também fico feliz em ver que várias bandas não têm medo de experimentar e tentar criar um estilo próprio.
Falando em gêneros musicais, como você vê a cena do thrash metal hoje? Tenho notado um renascimento com muitas bandas novas redescobrindo o gênero, e outras, como vocês, que estão tentando fazer algo que não seja só uma cópia das bandas antigas.
Raphael: Acho que a cena do thrash metal evoluiu bastante até hoje. Muitas bandas têm um som mais moderno, mas também tem aquelas que tentam soar como as antigas, o que eu gosto muito. Também é legal ver que muita gente jovem ainda curte thrash metal hoje em dia.
Nós, do Groundcast, somos brasileiros, então tenho que perguntar: você conhece alguma banda do Brasil?
Marius: Quando falamos de metal do Brasil, sempre imagino uma voz gritando “Sepultura do Brasil! Um, dois, três, quaaaaa!” na minha cabeça, e aí o riff principal de “Roots” começa a atacar os músculos do pescoço de todo mundo como um maldito trator! Sempre vou curtir!
Muito obrigado pela entrevista, agradecemos muito por dedicar um tempo para nos responder. Agora o espaço é de vocês para deixar uma mensagem para nossos leitores. Bora!
Marius: Obrigado a vocês, e obrigado a todos os headbangers que mantêm o espírito do metal vivo! Vocês são foda!
Links Relacionados
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