Ravenfield: “Queremos ser bons amigos em situações ruins”

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RAVENFIELD é uma banda interessante de dark rock lá da Alemanha, que faz uma música mais próxima do metal. A gente entrevistou a banda, que contou um pouquinho para nós sobre seu processo de composição e como tem sido manter uma banda fora do heavy metal convencional.

Quero te agradecer pela entrevista. Para começarmos, poderia nos contar um pouco sobre a história da banda? Como vocês começaram na música?

Começamos em 2015 como um projeto. Um ano depois, tínhamos o primeiro show com o RAVENFIELD. Nessa época era com outro baixista e baterista. Fizemos muitos shows nesse tempo e gravamos nosso primeiro EP. Ao longo dos últimos anos, tivemos algumas mudanças de formação. Mas desde janeiro de 2018, estamos com essa constelação e que parece muito boa. Daí lançamos o que seria o nosso primeiro álbum completo, FAITH AND FALL.

Quando recebi o e-mail do Markus (perdão cara por todo tempo que demorei para responder suas mensagens), li que vocês usam a denominação “dark rock” e eu esperava algo mais próximo do Mein Weg do Bethlehem, mas, para minha surpresa, ele soa menos como rock alternativo e mais como metal. E quais são as influências de vocês?

Claro que temos muitas influências. E muitas vezes somos comparados com bandas como End of Green, Sentenced, entre outras. Mas não queremos soar como uma cópia deles. Queremos criar nosso próprio som e estilo.

Vocês são de Dachau, uma cidade histórica (de uma forma boa e ruim, se vocês me entendem). Como é a cena de rock e metal por aí? Pergunto porque penso que é complicado ter espaço em locais longe de Berlim, por exemplo.

Há uma cena em Munique e Dachau fica bem perto. Mas no começo é sempre difícil para uma banda conseguir se manter. Talvez seja o mesmo em Berlim e em outras cidades.  Viver de música é um trabalho difícil, mas a gente ama muito cada vez que a gente tem a chance de tocar em Munique.

A Alemanha é famosa por ter um monte de bandas de metal, especialmente thrash e heavy. Mas, recentemente, algumas novas bandas, com abordagens menos “conservadoras” têm aparecido.  As pessoas têm sido mais receptivas a uma banda com sonoridade mais rock atualmente?

Deveríamos perguntas às pessoas. Quando pessoas gostam de heavy e thrash metal, elas também podem gostar de rock.  😉

Faith and Fall é o seu primeiro álbum, com uma excelente produção e algumas músicas muito boas. A minha favorita é a Wasteland, pois é melancólica e a linha de baixo é excelente, me lembrando muito o Poisonblack, uma das minhas bandas favoritas. Poderia nos falar um pouco sobre ele?

Produzimos no estúdio recordyourmusic, em Freising. Nosso EP também foi feito lá. A atmosfera era familiar e o fluxo de trabalho era bem relaxante. Stefan, o dono do estúdio e produtor, ajudou a gente demais durante todo esse processo. Também gravamos algumas canções “antigas” do EP anterior e algumas novas. E tudo isso dentro do prazo. O álbum era o próximo passo a ser seguido. Começamos a gravar em novembro de 2019 e terminamos em abril de 2019. Apenas algumas semanas antes do prazo para o lançamento.

Qual a mensagem que vocês querem passar com a música?

Queremos ser bons amigos em situações ruins.

E sobre shows, tudo indo bem? Quais os planos?

Não temos mais nada planejado para este ano. Na verdade, estamos confirmados para dois festivais em 2020. Há outros shows planejados também para o ano que vem, então vamos cair na estrada de novo. Mais que neste ano e mais do que em todos os outros. Tocando ao vivo!!!

Quero te agradecer pela entrevista. Este é o seu espaço para deixar uma mensagem para os nossos leitores. Manda bala!

Primeiramente, quero agradecer a vocês pelo apoio. E para as pessoas, vejam as bandas da sua região, ajudem o underground. Elas valem muito a pena. Até mais!


Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.