Este é, sem dúvidas, um dos meus textos mais antigos. Ele originalmente aparece na comunidade de Gothic Metal e no site Musicground, onde infelizmente, por motivos alheios à minha vontade, não consta mais naquele lugar.. Então, se você conhece algum destes artigos, saiba que este se trata de um novo, reformulado do zero, com diversas adições e correções. Por isto, seja bem-vindo leitor antigo e igualmente bem-vindo o leitor novo.
Origens
Falar de uma origem para o estilo é uma tarefa complicada, uma vez que ele “aconteceu” com algumas bandas fazendo modificações em suas composições e abraçando novas influências. Sem sombra de dúvidas o berço se deu com o doom metal, que surgiu no final da década de oitenta, como Candlemass, Cathedral e outras.
O doom sempre teve suas letras e suas temáticas sonoras ligadas a um excesso de melancolia e tristeza. O instrumental mais devagar, seguido de um vocal operístico ou gutural, usado respectivamente pelo Candlemass e pelo Cathedral antigo, trazia algo novo, algo diferente. Era uma volta ao heavy metal mais primitivo, calcado na sonoridade dos ingleses do Black Sabbath.
A mudança se dá nos anos noventa, com um conjunto de artistas dentro do contexto do doom/death metal, como o Anathema, o Katatonia, o My Dying Bride, o Amorphis e o Paradise Lost, grupo este que começaria a dar uma cara nova e seguiria numa nova vertente, mais densa e mais sombria.
Os primeiros discos do grupo liderado por Nick Holmes eram um death metal quase puro, com algumas coisas de doom. Com o lançamento de “Icon”, em 1993, apareciam algumas marcas de rock, seguida por uma mudança no direcionamento musical. A consolidação destas mudanças se deu dois anos depois com “Draconian Times”, com nítidas influências de The Sisters of Mercy e The Cult. A edição de luxo do álbum conta com um cover de Walk Away, grande clássico do rock gótico. em “One Second” (1997),”Host” (1999) e “Believe in Nothing” (2001), a musicalidade flertava com o synthpop, influenciados pelo Depeche Mode.