Dejair Benjamim fala sobre singles com Aquiles Priester e Carlos Lopes

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Em entrevista na rádio, vocalista do Tchandala e do Benjamim Saga resgatou histórias e falou de novidades das bandas

A experiente banda de heavy metal Tchandala, de Aracaju (Sergipe), e o projeto do seu vocalista Dejair Benjamim, o Benjamim Saga, estão com novidades para os próximos meses: música com Aquiles Priester (ex-Noturnall, Angra), EP sobre vida e morte de Lampião e shows. Tudo foi revelado recentemente em entrevista especial à Rádio Metrópolis Aracaju, disponível agora na íntegra em vídeo.

Dejair, ao lado do filho Lauro Benjamim, participaram do 10º episódio do programa Fusão Serigy. Confira: https://youtu.be/5H_zhJ8mqRg.

No programa, Benjamim falou sobre diversos momentos dos 26 anos do Tchandala, uma das formações mais tradicionais do heavy metal de Sergipe e de todo o Brasil. “Comecei quando tinha 20 anos. A banda nasceu de um sonho de adolescente”, ele lembra.

O vocalista lembrou do fanzine Fabulous Disaster em criou em 1996, anos da fundação do Tchandala, junto ao amigo e doutor em História, Hermeson Pidele. “Pelo fanzine tínhamos contato com outras bandas e fãs de metal. Era um canal de troca de informações, novo sons. Recebia material de outras bandas para resenhar e, de repente, o nome do fazine começou a sair em agradecimentos de bandas, como o Amen Corner”.

Na rádio, Dejair falou sobre a origem do nome Tchandala, que remete a uma casta da sociedade da Índia, tirado do livro de Nietzsche, ‘O AntiCristo’. “Era a pior classe de pessoas da humanidade. Achamos forte, mas com uma escrita e pronuncia bonita, com significado legal e usamos a pronúncia de forma abrasileirada”.

Sobre o projeto Benjamim Saga, que em 2021 estreou com o forte e elogiado No Rio dos Siris, além de outros singles, Dejair comentou sobre a escolha do tema do primeiro registro. “Um dia, Pidele sentou comigo em casa e disse que já tinha uma história e que seria uma obra conceitual de quatro sons sobre Sergipe”.

Serigy foi um líder indígena brasileiro que viveu no século 16 na região do atual estado de Sergipe, que lutou contra a colonização portuguesa. “Tudo mesmo baseado em fatos históricos. Abracei”, lembra Dejair.

No decorrer do programa, Dejair ainda falou sobre como pensa uma composição. “O que prezo muito é que a composição seja heavy metal e, onde der, colaca um tempero, como o regionalismo”.

Dejair revelou também que recebeu elogios de uma pessoa que resenhou o disco do Benjamim Saga. ” Ele me mandou diversos áudios pelo Instagram e me disse que estava aprendendo história ouvindo heavy metal”.

Mencionou, ainda, o single “Mar e Pólvora” (Benjamim Saga). Contou os bastidores da produção e do mini-documentário sobre a música. “Queria algo mais Black Sabbath, algo mais clássico, não tão heavy metal, e foi quando trouxe o Rafael e Fabinho do Snooze. A música foi crescendo”.

Tchandala Talk

O Tchandala Talk, um projeto no Youtube criado por Dejair antes da pandemia, foi outro assunto do programa. O Tchandala Talk, como ele ressaltou, é um registro histórico para a música de Sergipe.

“É um canal aberto, para extrair histórias de diversos convidados. Entrevisto, mas a pessoa pode também me entrevistar. Surgiu de um momento de saudosismo, para trazer histórias antigas e queria esse espaço para contar histórias, uma forma de não deixar que histórias de pessoas daqui se percam”.

Novidades

Para novembro, revelou Dejair, o Tchandala enfim lançará o single Searching Our Souls, com participação do baterista Aquiles Priester (ex-Angra). Ainda sobre a banda, ele disse que em breve será lançado um EP de seis músicas com versões acústicas e regionais, que era material do Benjamim Saga.

Sobre o Benjamim Saga, a novidade é o lançamento – também em novembro – do single Caatinga, com participação do icônico Carlos Lopes, do Dorsal Atlântica. “Vou tentar, até o fim do ano, lançar o disco que fala sobre a vida e morte de Lampião”.

Shows

Segundo Dejair, o Tchandala retomará em novembro aos shows e já recebeu até mesmo proposta para tocar fora de Sergipe. O primeiro, no entanto, é mesmo em Aracaju, no dia 18/11, na 3ª edição do Nova Onda do Rock Serigy, evento que ainda terá outros nomes importantes do rock e metal local.

Dejair comenta sobre a participação no Fusão Serigy: “Foi uma enorme honra participar desse podcast dos brothers da The Marfins. Eles estão fazendo um excelente trabalho”.

A formação atual é Igor Hudson (baixo), Dejair Benjamim (vocal), Siuari Damaceno (guitarra), Eddie Varg (guitarra) e Anthony Cavalcante (bateria).

Capa do próximo single

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Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.