A música experimental, como forma de arte, busca ultrapassar as convenções tradicionais da música. Por essa razão é bem complicado classificar, uma vez que ela pode pertencer a gêneros como rock, jazz, música clássica e eletrônica.
Para esta lista, serão considerados gêneros que exploram o lado mais experimental e inovador da música. Isso inclui o industrial, o noise, o sludge, o black metal e qualquer outro gênero que seja feito de maneira estranha e criativa.
Satanique Samba Trio - Cursed Beats Vol. 2
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O Satanique Samba Trio é um grupo de música experimental que mistura ritmos brasileiros tradicionais com aquela estranheza da música de vanguarda. Em "Cursed Brazilian Beats Vol.2", eles exploram essa mistura de gêneros, indo do rock gótico / post punk aos vários elementos de pagode, com sintetizadores e toda instrumentação foda. O resultado é uma experiência única e que mistura elementos familiares com ideias inovadoras.
Juvi - Músicas pra Ex, Vol. 1: Só Gatilho Foda
Juvi já passou por todos os gêneros possíveis, indo do post-rock e sludge (como Sasha Grey as Wife) até incursões pelo emo, pelo indie e pelo heavy metal. Nesse disco, que segundo Juvi, é hyperpop, nos é apresentada uma música estranha, desconcertante, com letras que versam sobre sentimentos, críticas políticas e muitas referências e ironias ao próprio meio digital. Coisa fina.
Soul Glo – Diaspora Problems
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O Soul Glo é uma banda da Filadélfia que mistura um hardcore dos mais frenéticos, hip hop, noise rock e outros gêneros em seu álbum "Diaspora Problems". A banda, liderada pelo cantor e compositor Charlie Mukunde, aborda questões relacionadas à diáspora africana, incluindo a opressão racial, a exploração econômica e a luta pela liberdade. Além disso, consegue trazer complexidade em uma sonoridade aparentemente simples, rápida e ríspida.
Alto Arc - Alto Arc
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Alto Arc é uma colaboração entre George Clarke, do Deafheaven, Danny L Harle e Trayer Tryon, do grupo Hundred Waters e a maquiadora artística Isamaya Ffrench. Lançado pela Sargent House, famosa por abrigar bandas e projetos como Bosnian Rainbows, Lingua Ignota e Emma Ruth Rundle, o álbum é classificado pelos integrantes como hyperpop e é marcado por experimentação sonora, incluindo algumas coisas de música erudita.
Locrian – New Catastrophism
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Este álbum apresenta uma combinação bem foda de gêneros, incluindo black metal, post-rock, ambient, krautrock e drone. A atmosfera sombria e introspectiva é enriquecida por paisagens sonoras tétricas e melancólicas, criando uma sensação de uma banda de metal que tenta evitar ser rotulada como tal. A produção eletrônica adiciona uma vibe única e inesperada ao que se espera de um trabalho de metal, dando uma experiência sonora envolvente e inovadora.
Dälek – Precipice
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Este ano o Dälek lançou um baita disco legal, o "Precipice”. Está uma bela mistura de de hip hop, noise e alguma referência de rock progressivo / krautrock. A participação de Adam Jones, do Tool, adiciona peso e intensidade na música “A Heretic's Inheritance”, tornando-a quase um post-metal.
Doodseskader - Year One
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Pense numa junção entre o Boris e o Nirvana, com algumas músicas em estilo trap / sludge metal. É algo mais ou menos assim que você tem nesse primeiro trabalho do Doodseskader, encabeçado por Tim De Gieter do Amenra e Sigfried Burroughs do Kapitan Korsakov.
Sunburned Hand of Man – Blueberry Coke
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Sou um grande fã de música psicodélica, especialmente de música psicodélica experimental. O projeto Sunburned Hand of Man é muito produtivo e conta com artistas talentosos que produzem um som experimental interessante. Em "Blueberry Coke", encontramos apenas duas músicas que podem ser descritas como uma mistura de Throbbing Gristle, Acid Mothers Temple e Sun-Ra.
Mars Volta - Mars Volta
Vocês não sabem como fiquei feliz em ouvir o novo disco autointitulado do Mars Volta. Desde a volta, anunciada no ano passado, até o lançamento deste trabalho, tudo em Mars Volta soa diferente e acessível. Se você não é muito fã, dê uma chance para este trabalho, ele soa muito melhor, mais maduro e uma galera de gabarito aí está gostando.
Stereolab - Pulse of the Early Brain
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Apesar de geralmente evitar recomendar compilações, faço uma exceção para Pulse of the Early Brain. Esta é a quinta edição da série Switched-On da banda Stereolab, que reúne raridades como EPs e faixas bônus e exclusivas de outros álbuns, além de faixas retiradas de singles. Eu destaco, em particular, a canção "Simple Headphone Mind", gravada originalmente em 1997 em parceria com o Nurse With Wound.
Ashenspire – Hostile Architecture
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Ashenspire é uma banda de avant-garde black metal escocesa que tem uma postura antifascista e lançou o álbum "Hostile Architecture" esse ano. O trabalho apresenta uma sonoridade sombria e pesada, misturando elementos de black metal e outros gêneros não-convencionais. A banda também utiliza violino e teclado para adicionar complexidade às composições, enquanto o vocal alterna entre o canto desesperado e o spoken words sem musicalidade. Este é um álbum desafiador e inovador para os fãs de metal extremo.
Zeal & Ardor – Zeal & Ardor
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Zeal & Ardor é uma banda liderada pelo suíço Manuel Gagneux, misturando elementos de música afro-americana, principalmente gospel e blues, com black metal e industrial. O álbum autointitulado "Zeal & Ardor" lançado este ano apresenta essa mistura única de gêneros de maneira coesa e interessante. Inclusive fiquei feliz de saber que uma música do projeto foi parar no filme Metal Lords, da Netflix.
Imperial Triumphant – Spirit Of Ecstasy
Fiquei impressionado com o quanto o Imperial Triumphant mergulhou na mistura de jazz com black metal em "Spirit of Ecstasy". As participações especiais de Kenny G e Max Gorelick acrescentaram uma camada de sofisticação ao som denso e experimental da banda, dando um toque único ao álbum. Tudo isso sem perder a agressividade característica do black metal, apesar de eu ainda curtir o Alphaville.