Melhores do ano, por Fabio Melo

Essa é uma lista variada de melhores discos do ano. 1 min


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Pois é meus caros leitores e ouvintes, chegou aquele momento que todo mundo espera, que é o de encher a cara de peru enquanto lê a lista de melhores do ano.

Este ano de 2021 não foi fácil, tivemos aí o agravamento da Covid-19 e poucas esperanças de uma normalização completa da nossa rotina. E tivemos também um monte de coisa legal que saiu esse ano, compensando o que não veio em 2020.

Esta minha seleção não é baseada em qual eu achei melhor ou pior, mas é também uma percepção dentro do que eu ouvi de mais novo. Então vejam a minha lista e digam quais álbuns foram os melhores para vocês.

  1. Fabio
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    Uma coisa que sempre bato é que o darkwave carece de grupos e propostas que fujam do saudosismo fácil ou dos retroclones do The Sisters of Mercy. Kanga trouxe um dos melhores discos de darkwave desse ano, aliando uma proposta dançante com letras sobre sentimentos e sexo.

  2. Fabio
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    Post-rock é um dos meus gêneros favoritos e devo conhecer quase todo o grosso das bandas mais populares. Tacoma Narrows Bridge Disaster refere-se a um acidente ocorrido em uma ponte suspensa em Tacoma Narrows, no Estado de Washington. Espere aqui doses maciças daquele post-rock instrumental bom, com elementos de rock progressivo.

  3. Fabio
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    Ano passado eu conheci o Cloud Rap com o Cremation Lilly e simplesmente amei esse disco do Croatian Amor. Ele consegue ser um disco bem acessível e, ao mesmo tempo, trazer toda uma sorte de música experimental, daquelas bem legais.

  4. Fabio
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    Uma única faixa, quase cinquenta minutos de disco que precisam ser ouvidos com paciência. Recomendo, sobretudo porque é um disco longo e bem estruturado, superando e muito o Éons, que já é bom pra caralho.

  5. Fabio
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    Dominick Fernow é um dos caras mais criativos que já ouvi nesse meio do experimental. Ele é mais conhecido pelo seu outro trabalho, o Vatican Shadow. No Rainforest Spiritual Slavement há uma dinâmica mais ambiente e ritmos extraídos do ambiente.

  6. Fabio
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    Esse é um daqueles projetos que só de ouvir sua cabeça explode. É uma mistura muito inusitada de post-metal com sludge, com música ambiente e com um monte de coisa legal. Junte isso a uma voz feminina declamando e você tem a trilha perfeita para o fim do mundo.

  7. Fabio
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    Indo agora lá para a Bielorrússia temos o grupo de prog rock Mission Jupiter, que faz uma mistura muito bacana com shoegaze e dream pop. A voz de Nastya Shevtsova tem uma energia poderosa, intensa.

  8. Fabio
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    Sylvie Nehill e Takiaya Reed são duas mulheres que buscam, por intermédio da música, trazer pautas como a luta antirracista, se oporem a discriminação por gênero e também contra o colonialismo, uma vez que Sylvie descende dos índios maori, que sofreram muito com a colonização da Nova Zelândia e Takiaya é uma mulher negra descendente dos Cherokees. E como a proposta, o som é denso, pesado, com muito sludge e pitadas de jazz.

  9. Fabio
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    Phurpa é um grupo de música religiosa com base na tradição Bon, anterior ao budismo. Queen Elephantine é um grupo de rock experimental. Ao juntar os dois em Ita Zor, temos um dos discos mais complexos e intrigantes desse ano.

  10. Fabio
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    King Woman, encabeçado por Kristina Esfandiari, trouxe um disco de doom metal e shoegaze dos mais bonitos de se ouvir em tempos. Deve ser ouvido diariamente.

  11. Fabio
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    Alice Kundalini, quando não está ensinando ioga, dedica-se ao projeto de drone / noise She Spread Sorrow. Eu ouvi esse disco inteiro umas seis vezes seguidas e nem consigo me decidir o que é melhor.

  12. Fabio
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    James Kent, idealizador do Perturbator, investe em uma nova seara com o Ruins of Romantics e traz um disco de darkwave que, mesmo com o forte apelo aos anos 1980, não soa datado. É bem legal, sombrio, como todo bom darkwave tem que ser.

  13. Fabio
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    Raymond Watts não é um total desconhecido para quem conhece e gosta de música industrial. Ele é conhecido por suas participações no KMFDM, mas ele já participou com outros grupos, seja em músicas, seja como produtor, tais como Einstürzende Neubauten, Foetus, Psychic TV, Buck-Tick, entre muitos outros. E seu trabalho solo é bem legal e raramente sou de indicar disco de remixes, mas esse está muito bom.

  14. Fabio
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    Hip hop experimental é um terreno muito interessante de explorar e nesse ano a Backxwash trouxe um disco pesado, intenso, ruidoso e agressivo.

  15. Fabio
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    Kristin Hayter é uma artista que eu admiro de muitas formas. É uma pessoa que lutou contra relacionamentos abusivos e trouxe isso para a arte, uma forma de catarse e, ao mesmo tempo, de libertação. Sinner Get Ready é um pouco mais leve que seu antecessor, Caligula, apostando numa sonoridade mais melancólica e mais voltada para a música erudita.

  16. Fabio
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    Talvez Steven, quando compôs esse disco, não poderia imaginar que a ideia do The Future Bytes fosse cada vez mais real. Ainda apostando no synthpop, mas sem abandonar o jeitão prog rock de fazer as coisas, The Future Bytes é contestador, é bem feito e uma obra prima.

  17. Fabio
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    Eu acho que esses dois últimos anos, 2020 e 2021, foram muito bons para o shoegaze. Slow Crush é uma dessas bandas novas do gênero, tendo em seu segundo disco, Hush, uma identidade mais sombria, mais densa e pesada.

  18. Fabio
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    Eu descobri por acaso essa banda num clipe promocional do disco VII – Kenoma. Para mim o melhor lançamento de black metal em anos. Escutem a sensacional Helreginn.

  19. Fabio
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    Eu não sou um grande fã de falar sobre EPs nos melhores do ano, mas o Folly Group me surpreendeu tanto nesse disco que não teve como passar batido. A força do post-punk desse pessoal ficou ainda mais forte nesse excelente trabalho, que eu recomendo e muito.

  20. Fabio
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    Ada Rook e Devi McCallion trouxeram para a gente um noise rock com altas influências de electro-industrial. Uma dupla de mulheres que fazem muito barulho, num som muito gostoso de ouvir em seu quinto lançamento, que tem uma veia meio punk, algo entre o Skinny Puppy e o A Place to Bury Strangers. Coisa fina.


Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.