[Resenha] Alcest – Spiritual Instinct (2019)

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1. Les jardins de minuit
2. Protection
3. Sapphire
4. L’île des morts
5. Le miroir
6. Spiritual Instinct 

Black Metal / Post-Metal / Shoegaze, Nuclear Blast

Se existe algo para sintetizar o novo disco do Alcest é que ele não arrisca, não propõe nada diferente, mas ainda sim agrada.

Musicalmente existe uma mudança interessante deste para o Kodama, o qual buscou uma “volta” ao passado black metal. Neste daqui as músicas soam num tom muito mais próximo do Cult of Luna, incluindo as percussões e o estilo mais direto e com menos uso de efeitos.

Pode-se dizer que o som de tudo é muito limpo, tal qual em Shelter, mas com peso. Contudo, sinto falta daquele tom melancólico e épico de trabalhos anteriores, como o Écailles De Lune. O que se tem agora é uma excelente produção, com um arranjo de bateria mais do que excelente de Jean Deflandre, conhecido como Winterhalter. Com menos blast beats e uma base rítmica mais sólida, arrisco-me a dizer que é um dos melhores discos da carreira da dupla.

Katherine Shepard, conhecida como Sylvaine, participa com algumas linhas de voz em “L’Île Des Morts”, uma música bem ao estilo do Alcest antigo. Esta faixa também mostra como é possível revisitar sonoridades antigas sem parecer saudosismo demais ou plágio de si mesmo.

Sem perder o costume, a faixa Le Mirroir é uma versão musicada para o poema de mesmo nome do poeta simbolista belga Charles van Lerberghe. Essa faixa é uma que destoa de todo o metal e o barulho de todo o resto deste álbum e soa quase como um post-rock.

É um bom disco, muito melhor que o anterior e vai agradar os fãs. Mesmo se você não gosta muito do Alcest, dê uma chance e ouça este disco.

Alcest – Spiritual Instinct
  • Nota Geral - 8/10
    8/10
8/10

Editor, dono e podcaster. Escreve por amor à música estranha e contra o conservadorismo no meio underground.