O cenário da música industrial / noise é algo fantástico e, do contrário da música mais convencional, não se prende tanto ao gênero de quem executa suas performances de destruição sonora. É nisso que a senhorita Margaret Chardiet mantém seu excelente trabalho com o Pharmakon. Musicalmente é uma artista com uma temática mais sombria e menos ríspida, sobretudo para quem está acostumado com aquele industrial pesado dos grupos como o Genocide Organ ou as loucuras dos japoneses como o Hanatarash.
Ao mesmo tempo chega a ser mais bonito e palatável para quem não é acostumado com o gênero. Lembra um bocado o industrial old school, com distorções mais orgânicas, que se refletem em suas apresentações, cheia de intensidade e força. O trabalho com a voz lembra um bocado as esquisitices da Diamanda Galas e da Jarboe, o que é um bom sinal das referências da moça. Ela grita, você sente que o som está ali para te fazer se sentir desconfortável e, ao mesmo tempo, vislumbrado. Isso reflete a maturidade dela dentro do meio, pois atua como musicista experimental desde os dezessete anos de idade.
Também é possível conhecer os trabalhos da senhorita Chardiet no grupo de post-punk Cheena e também no Throat, que faz parte de uma compilação dela como Pharmakon e o Hands Rendered Useless.
Escutem, é um trabalho bastante digno de nota.
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