ENTREVISTA: Metalwings

4 min


0

You can read this post in: English

E mais uma vez apresentamos uma banda da Bulgária. Dessa vez quem dá as caras por aqui é o Metalwings. A banda que toca Symphonic Metal procura espaço entre as bandas já consagradas produzindo um som com qualidade e personalidade.

Conversamos com Stela Atanasova, vocalista, tecladista viola elétrica.

GroundCast: Para começarmos, que tal nos contar um pouco da história da banda?

Stela Atanasova:Olá, muito obrigada pela entrevista. A banda existe já tem oito anos e posso dizer que tudo aconteceu de forma variada e dinâmica. Pode parecer muito tempo, mas as coisas passam muito rápido quando você está se divertindo e para mim a banda sempre foi uma forma de escapar da realidade. Percorremos um grande caminho, que não foi fácil, pois tocar algo mais para o lado sinfônico não é popular na Bulgária. Quando lançamos Crying of the Sun as coisas meio que começaram a andar para nós. Principalmente porque as pessoas começaram a entender o nosso som, gostar do que fazemos e juntamente com isso, recebemos inúmeras mensagens de várias pessoas ao redor do mundo. Estamos felizes com o que conquistamos até agora e esperamos conquistar ainda mais.

GroundCast: Quais são as suas influências?

SA:Cada um de nós escuta diferentes estilos musicais e isso ajuda e muito na criatividade e variadade. Você pode se influenciar por certos compositores, mas isso não significa que você os queira copiar. Aprendemos todos os dias como nos preparar melhor, experimentar melhor e essa tem sido a base do sucesso da banda. Eu sempre disse desde o começo, não queremos ser uma cópia, queremos deixar a nossa marca. Um dia espero que as pessoas escutem nosso som e saibam que somos nós tocando.

GroundCast: Em abril vocês lançaram o disco “For All Beyond”, como foi a aceitação do material?

SA: Devo dizer que foi muito bem. Nosso disco tem recebido muitos bons reviews. Também gostaria de agradecer nosso promoter Markus Eck (Metal Message), que nos deu muita confiança.

GroundCast: A banda existe desde 2010, mas apenas agora vocês lançaram o primeiro disco. Você poderia contar um pouco da produção do disco e o motive de ter levado oito anos para ser lançado?

SA: Nunca quis gravar um disco a todo custo, para mim é extremamente importante lançar algo quando se tem algo a dizer e não apenas aparecer com algo pelo simples fato de ter um lançamento no Mercado. Qualidade deveria sempre ser mais importante do que quantidade. Também é importante que o álbum seja coeso e não que tenha apenas uma grande músicas e as outras esquecíveis. Sempre tivemos como objetivo fazer um disco onde todas as músicas são boas.

Esse é o real motivo de termos levados oito anos para lançar, o disco foi lançado na época que deveria ser lançado.

GroundCast: Após oito anos como você vê a banda agora, o que você acredita que evoluíu na Metalwings?

SA: O que posso dizer que realmente evoluíu é que agora temos mais convicção do que antes e sabemos que não devemos desistir. Há alguns anos se um alguém deixasse a banda eu acharia que isso seria o maior dos problemas, mas hoje eu encaro isso como uma oportunidade de encontrar alguém melhor. Com o tempo eu percebi que o mais importante é que você acredite naquilo que você está fazendo. E também devemos saber o tipo de pessoa que nos tornamos quando temos que encarar alguma perda ou derrota na vida. As pessoas de verdade são aquelas que caem, mas mesmo na derrota elas não traem aquilo que elas acreditam. Nós sofremos muito, tivemos perdas, pessoas falsas em nosso caminho e com toda certeza mais e mais aparecerão, mas estamos preparado, pois depois de uma tempestade o sun sempre ressurge.

Photo by Minko Minkov (Minkov Studio ) Makeup by Maya Borisova

GroundCast: Estamos na era da internet e sabemos o quão fácil é conseguir baixar algo. Muitas bandas reclamam disso, mas eu gostaria de saber a sua opinião sobre o assunto.

SA: Acredito que a música pertence as pessoas, afinal, fazemos música para eles e não para colocarmos isso embaixo da cama e contar os centavos que ganhamos. A indústria da música não pode existir sem o compartilhamento e já tivemos contatos com muitos fãs que nos encontraram por meio de torrentes. Se alguém achou que seria válido fazer upload de nossas músicas, já posso dizer que chegamos a algum lugar. Podemos perder dinheiro com isso, mas em contrapartida conseguimos novos fãs.

Quem realmente quiser nos ajudar, pode comprar o nosso disco e sabemos que nem todo mundo no mundo tem dinheiro. Acredito que muitos não vão concordar comigo, mas esta é a minha opinião e para mim a música pertence para as pessoas. Quando a indústria e as leis dizem que para ter algo você tem que pagar por isso, entendo isso como: quem não tem dinheiro, mas mesmo assim quer ouvir o que criamos, não tem o direito. Que apenas aqueles que podem pagar por essa forma de entretenimento são merecedores? Eu não concordo com isso. Eu sei que regras existem e elas são necessárias para fazer as coisas funcionarem. Uma banda realmente fica mais pobre se alguém não compra seu disco?

Pessoas com melhores condições financeiras vão aos shows, compram merchandise e de alguma forma a indústria continua funcionando, sempre existirá alguém por trás dessas bandas que ganhará algo.

Uma banda não deixa de existir se algumas pessoas não comprarem seus discos, ela deixa de existir se as pessoas esquecem sobre ela.

GroundCast: Como designer, eu sempre analiso as capas dos dicos e eu realmente fiquei curioso com a capa do “For All Beyond”. Existe algum simbolismo na capa e quem foi o artista que a fez? Vocês já tinham trabalhado com ele antes?

SA: A capa foi criada por Yasen Denev do Red Ring Entertainment. Ele também criou a capa do nosso EP “Fallen Angel in Hell”. Trabalhos com ele é incrível, pois ele é um artista de verdade. Discutimos um pouco da capa e eu lhe dei o nome o álbum e com poucas informações e depois de algumas semanas ele nos mandou a idéia que teve e foi perfeita. Eu não queria nada foto realista, mas sim algo realmente artístico.

O simbolismo da capa é sobre as pessoas que vem e vão na vida. A árvore simboliza a vida e tudo que passa deixa uma marca. A luz que emerge da névoa simboliza a esprança.

GroundCast: Quais os planos para 2018?

SA: Queremos tocar pela Bulgária e lançar nosso próximo video. Também vamos começar a trabalhar em músicas nova e dessa forma poderemos ir mais longe.

GroundCast: Agora o espaço é seu para dizer algo aos nossos leitores.

SA:Por sermos sonhadores, gostaríamos de dizer para que vocês nunca tenham medo dos seus sonhos, não importan o quanto impossível isso seja. Seja persisten e ame a vida!

 

Facebook

Bandcamp

Homepage